quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Curso: Coleta e transferência dos favos

A manipulação dos favos é um processo importante e que exige cautela do meliponicultor durante a multiplicação dos ninhos. É preciso cuidado para não danificar a cria e a rainha fisogástrica, que frequentemente está entre os favos (geralmente os mais novos). A manipulação dos favos mais antigos é portanto mais indicada, pois estes favos são mais resistentes, uma vez que a cria secretou casulos de seda em cada uma das células de cria, criando uma estrutura mais rígida. Esta técnica também pode ser usada para retirar favos a fim de reforçar colônias com baixa população, porém retirando-se menos favos do que os usados em uma multiplicação.



Para descolar os favos pode-se utilizar uma faca, com cuidado para não danificar os favos e nenhuma abelha. Com os dedos, menos o polegar, retire o bloco de favos que devem sair todos juntos, sem pressionar um contra o outro.

Uma nova rainha vai realizar o voo nupcial e voltar fecundada para a nova colônia, onde vai iniciar a postura de ovos dando origem a novos favos de cria, um indicativo que a divisão teve sucesso. Esta nova rainha virgem vai nascer dos favos de cria que foram introduzidos ou pode já estar no meio deles, junto com as abelhas que vem no meio dos favos.

Os favos mais velhos contém a cria de idade mais avançada e a prestes a emergir. Eles são utilizados porque além das futuras rainhas nascerem deles, a nova colônia tem uma população de operárias adultas ainda pequena, que será aumentada conforme as novas abelhas forem nascendo. Se fosse utilizados favos de cria mais nova elas teriam que se desenvolver (larva, pupa, adulto) até emergirem os adultos. Além disso, os favos mais velhos são mais resistentes à manipulação, pois suas células de cria são reforçadas com seda proveniente das larvas que tecem seus casulos internamente à cada célula de cria. Na cria mais jovem a única estrutura é o cerume.

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