Jataí

Os benefícios medicinais do mel de abelhas Jataí (Tetragonisca angustula)


O mel de jataí contém substâncias capazes de substituir antibióticos.
As doutoras Marilda Cortopassi Laurino e Dilma S.Gallis, fizeram uma pesquisa no Instituto Adolfo Lutz em S.Paulo, quando examinaram 14 amostras de méis de meliponídeos, inclusive o mel de Jataí, constatando ações antibacterianas superior ao mel de Apis mellifera.
O mel de Jataí não possui sacarose, é composto por levulose, uma substância mais doce que a sacarose, numa concentração de mais ou menos 45% e de dextrose com uma média de 25%, muita água, por isso é mais fino e liquefeito em relação ao mel de Apis.
Além de catarata, o mel de Jataí é usado para tosse, bronquite e cicatrização de feridas.

O mel produzido pelas abelhas sem ferrão é muito utilizado na medicina nativa para o tratamento de diversas doenças, é um excelente complemento alimentar.

INDICAÇÕES 

· Descongestionante das vias aéreas nasais.
· Desentupimento dos brônquios, bronquíolos.
· Destrói as cepas bacterianas causadoras de infecções.
· Desenvolve maior capacidade criativa de anticorpos.
· Tratamento a todos os distúrbios respiratórios.
· Gripes e resfriados.


O mel das abelhas sem ferrão apresenta composição diferente do mel de Apis mellifera.

O mel produzido pela Jataí apresenta características muito favoráveis, por ser um suplemento alimentar em potencial; ser diurético, digestivo e laxativo; possuir ação sedativa, ligeiramente aperitiva e dinamogênica (responsável por aumentar a resistência do organismo); além de ser antianêmico e antisséptico.
Tais características desse mel se devem ao fato de ele ser bem mais líquido que o mel de abelhas do gênero Apis e, por isso, absorvido mais rapidamente quando passado pela pele. Seu pH é baixo (ácido). O mel tem sido utilizado na alimentação, como antisséptico, como conservante de frutas e de grãos e até para embalsamar devido a sua ação anti-putrefante. Seu efeito como bactericida (bactérias gran positivas e negativas) se dá devido a uma substância chamada de "inibina" (resultado do acúmulo de peróxido de hidrogênio produzido pelo sistema da glicoseoxidase do mel).


Por que devo consumir o mel da Jataí?

  • Possui menos gordura (Lipídeos) que o mel da Apis melifera
  • Nele é encontrado nove propriedades medicinais, dentre elas: Ação antianêmica, digestiva e antibiótica.
  • Seu consumo estimula a criação e preservação das abelhas nativas causando assim o aumento da polinização das plantas e o aumento da biodiversidade.



CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS DO MEL DA ABELHA JATAÍ (Tetragonisca angustula)

- líquido, com espuma superficial, aroma e sabor fortes.
- acidez (meq/kg): 31,66
- umidade: 25,1%
- sólidos solúveis: 74,728%
- sólidos insolúveis: 0,172%
- açúcar invertido (frutose, destrose, glicose): 61,807% (o mel de Apis tem, no mínimo, 72%)

 
Sobre a Abelha

Taxonomia

· Hymenoptera
. Apoidea
. Apidae
· Meliponini
Nome científico: Tetragonisca angustula angustula (Holmberg)
Nome popular: JATAÍ (Nogueira-Neto, 1970).


Distribuição geográfica

Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo (Silveira et al., 2002).

Referência
Silveira et al., 2002. Abelhas Brasileiras. Belo Horizonte.

Ecologia

A entrada do ninho é um tubo, não muito curto, construído com cerume mole, sua parede é fina e apresenta pequenos furos (Nogueira-Neto, 1970). Favos de cria horizontais ou helicoidais e ocorrem células reais (Nogueira-Neto, 1970). Invólucro presente e muito desenvolvido ao redor dos favos de cria (Nogueira-Neto, 1970). Potes de alimento pequenos, atingindo 1,5 cm de altura (Nogueira-Neto, 1970). Tamanho das colônias: 2.000-5.000 abelhas (Lindauer & Kerr, 1960). Podem ou não apresentar comportamento agressivo, beliscando a pele e enrolando nos cabelos, entretanto, esse comportamento é breve (Nogueira-Neto, 1970). É uma das abelhas mais fáceis (Nogueira-Neto, 1970).

Referência
Nogueira-Neto. A criação de abelhas indígenas sem ferrão. Tecnapis. 1970.
Lindauer & Kerr, 1960 

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