quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

BEE OR NOT TO BE E AMESAMPA LANÇAM O PROJETO “CIDADE AMIGA DAS ABELHAS”

UM PROJETO QUE POLINIZA A EDUCAÇÃO E A NATUREZA EM NOSSAS CIDADES
15/12/2015 - Fonte: Sem Abelha Sem Alimento
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Abelhas são popularmente conhecidas por fazerem o mel. Mas, segundo o IBOPE, 78% de nossa população desconhece o fato de as abelhas serem os principais polinizadores para 85% das áreas verdes presentes nas florestas e nas cidades.
Outro dado relevante: as pessoas lembram das abelhas porque picam, mas desconhecem o fato de que o Brasil abriga a maior biodiversidade de espécies de abelhas do planeta, e de que essa megadiversidade é composta por abelhas nativas sem ferrão.
No campo, 70% das culturas agrícolas dependem dos serviços ecossistêmicos de polinização, a eles atribuídos o incrível montante equivalente a 10% do PIB agrícola (algo como US$ 200bi no mundo).
Em contraponto à desinformação sobre a importância de nossas abelhas, convivemos perigosamente com o problema de seu declínio – sobretudo causado por fatores como o desmatamento, as mudanças climáticas e, particularmente, o uso indiscriminado de agrotóxicos. Esses fatores associados compõem o contexto e a justificativa para a condução da campanha de proteção às abelhas, “Sem Abelha, Sem Alimento”, um movimento com dois anos de existência, coordenado pela ONG Bee or not to be.

Em seu mais recente movimento, a Organização Bee or not to be, em parceria com a Associação dos Meliponicultores do Estado de SP – AMESAMPA, lançam para 2016 uma nova e importante iniciativa: oProjeto Cidade Amiga das Abelhas – Polinizando a Natureza para a vida. O projeto tem o objetivo de pautar a gestão pública para que adote práticas que visam o cuidado com o meio ambiente, com a educação ambiental e a sustentabilidade a partir da preservação de seus mais importantes polinizadores: as abelhas.
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O projeto traz 5 objetivos principais:
1- Ampliar o conhecimento e a educação da população sobre a importância das abelhas;
2- Engajar as organizações públicas na conscientização e proteção dos polinizadores;
3- Apoiar as administrações públicas com práticas de gestão que preservem os polinizadores em áreas urbanas, e sua boa convivência com a população;
4- Reconhecer as administrações orientadas para a preservação, melhoria e recuperação do Meio Ambiente;
5- Gerar um ambiente favorável ao incremento e expansão da criação de abelhas sem ferrão no município;

Algumas das abordagens indicadas pelo Projeto Cidade Amiga das abelhas contemplam:
  • Adoção de material didático específico sobre os polinizadores para a educação ambiental nas escolas da Rede Pública Municipal;
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    Meliponário Municipal de Franca
    Implantação de um Meliponário Municipal que apresente, de forma didática, a biodiversidade de espécies de abelhas nativas da região;
  • Programa de atuação conjunta entre Corpo de Bombeiros, Apicultores, Entidades Educacionais e a Defesa Civil para a retirada adequada (sem extermínio) de abelhas com ferrão, em áreas que representem riscos à população.
  • Adoção de um programa de parceria entre o Setor de Poda e Corte de Árvores (Secretaria de Serviços Urbanos) com Meliponicultores locais, para o resgate adequado de abelhas nativas sem ferrão.
  • Adoção do mel na merenda escolar das escolas municipais (e outros produtos)
  • Estímulo à criação de Feiras orgânicas e de produtos das abelhas;
  • Criação de “Jardins Educativos” de plantas melíferas, sinalizando nomes das plantas e tipos constantes de polinizadores;
  • Estabelecer lei municipal que regularize a criação de Abelhas Sem Ferrão em áreas urbanas, considerando a meliponicultura uma atividade de utilidade pública;

O Projeto contempla um total de 18 tópicos, sendo alguns obrigatórios para que a cidade possa ser laureada com o título de “Cidade Amiga das Abelhas”. Serão conferidos selos Bronze, Prata e Ouro, de acordo com critérios pré-estabelecidos e auditados.
IMG_2083Segundo Daniel Malusá Gonçalves, coordenador da organização Bee or not to be, “as parcerias serão imprescindíveis. Este é um projeto absolutamente inclusivo, que irá exigir iniciativa e uma boa articulação local dos representantes das associações de criadores de abelhas , das universidades, das administrações públicas e mesmo da sociedade civil. Não temos dúvida de que este projeto poderá integrar e reforçar outras inciativas já existentes, e representará uma grande contribuição para fomentar a educação ambiental e impulsionar a preservação de nossas abelhas também nas cidades.”
O projeto terá início no primeiro trimestre de 2016, já com as regras de adesão e atendimento, instruções normativas, bem como peças de comunicação.


PROJETO É APRESENTADO EM EVENTO DO SETOR , EM FRANCA
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Durante o VI Seminário de Meliponicultura, organizado pela AMESAMPA com o apoio da Prefeitura de Franca, nos dias 11 e 12 de Dezembro de 2015, a idéia do projeto Cidade Amiga das Abelhas foi pela primeira vez apresentada aos meliponicultores de diversas cidades do estado de SP. O presidente da AMESAMPA e também presidente da Câmara Setorial da Apicultura de SP, Ricardo Camargo, indicou a cidade de Franca como a primeira potencial “Cidade Amiga das Abelhas” do Brasil. outdoor_alt01Isto porque , durante o evento, foi inaugurado no Jardim Zoobotânico, o 1o Meliponário Municipal, com cerca de 280 colméias de 11 espécies diferentes de abelhas nativas sem ferrão, um dos maiores do país.

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Secretário da Agricultura de SP, Arnaldo Jardim, e o Prefeito de Franca, Alexandre Ferreira, inauguram o meliponário municipal e conhecem o projeto Cidade Amiga das Abelhas.
O evento também contou com a presença do Secretário da Agricultura do Estado de SP, deputado Arnaldo Jardim, e também com o prefeito da cidade de Franca, Alexandre Ferreira. Durante a inauguração do meliponário, puderam “ver, aprender e multiplicar as experiências para os outros municípios”, como bem expressou o secretário. Também conheceram mais sobre as espécies nativas e sobre o projeto Cidade Amiga das Abelhas, manifestando seu apoio a essa iniciativa.

O Secretário Arnaldo Jardim, ainda, relatou o importante trabalho que vem desenvolvendo junto com a Câmara Setorial da Apicultura de SP, que deverá resultar, em breve, numa resolução para que a abelha sem ferrão seja considerada um animal doméstico, simplificando a comercialização de seus produtos – um tópico de grande interesse do setor.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Governo cria Câmara Setorial da Apicultura e Meliponicultura

30/11/2015
Órgão tem o objetivo de orientar e discutir estratégias que beneficiem a produção de mele derivados apícolas no Estado
O regimento interno da Câmara será elaborado pelos seus integrantes e, quando concluído, submetido à aprovação do governador (Foto: Ascom Sedetur)
Lívia Holanda

O governador Renan Filho instituiu, na última sexta-feira (27), a Câmara Setorial da Apicultura e Meliponicultura do Estado de Alagoas. O decreto entra em vigor a partir da publicação no Diário Oficial desta segunda (30).

O órgão tem o objetivo de discutir políticas, estratégias e diretrizes relativas à produção, ao beneficiamento e à industrialização e comercialização do mee dos demais produtos apícolas desenvolvidos no estado, bem como orientar todo o processo.

Além disso, deve propor medidas para melhorar a qualidade do mel produzido, aumentar a competitividade e estabelecer linhas para a exploração positiva da atividade. Garantir boas práticas de preservação ambiental, de segurança e de higiene também é competência da Câmara.

A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri) fica responsável pela realização dos atos que se fizerem necessários para viabilizar a construção da Câmara Setorial. Esta, por sua vez, está livre para articular-se com os órgãos e entidades dos Governos Federal, Estadual e Municipal, associações, entidades privadae organismos internacionais, para garantir o bom desenvolvimento das atividades.

O regimento interno da Câmara será elaborado pelos seus integrantee, quando concluído, submetido à aprovação do governador. 
registrado em:  na Agência Alagoas

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Manifestações pelo país marcarão Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos

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O dia 3 de dezembro é lembrado no mundo inteiro como dia internacional de luta contra os agrotóxicos. A data se refere à tragédia de Bhopal, na Índia, quando uma fábrica de agrotóxicos explodiu em 1984, matando cerca de 20 mil pessoas, e deixando centenas de milhares feridas e com sequelas.

No Brasil, há pouco o que se comemorar. Elaborado em agosto de 2014 e programado para ser apresentado no início de novembro, o governo federal adiou por tempo indeterminado o lançamento do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), a pedido do Ministério da Agricultura, comandado por Kátia Abreu.

 

A líder ruralista afirmou recentemente que o programa "seria a sentença de morte da agricultura brasileira", apesar de este ter sido elaborado com a participação do seu antecessor na pasta. Além disso, a bancada ruralista avança com seu mais ambicioso projeto até hoje: o Projeto de Lei 3200/2015, que revoga a atual Lei de Agrotóxicos, e cria um marco regulatório que facilita o registro e estimula ainda mais o consumo de agrotóxicos.

Diante deste cenário, centenas de entidades vinculadas à Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida realizarão atividades nesta quinta-feira, dia 3 de dezembro. O livro Dossiê Abrasco - Um Alerta sobre os Impactos dos Agrotóxicos na Saúde será lançado em diversas cidades, inclusive na Assembleia Legislativa de São Paulo e no Congresso Nacional. Comitês regionais da Campanha irão organizar marchas, feiras orgânicas e palestras para marcar o dia.

No Brasil, foram usadas 914 mil toneladas de agrotóxicos em 2014, gerando uma receita de U$12,2 bilhões para a indústria de agrotóxicos, composta em sua maioria por empresas estrangeiras. Os dados são do Sindiveg, sindicato que representa a indústria dos agrotóxicos. Já o Ministério da Saúde registrou oficialmente mais de 34.000 intoxicações por agrotóxicos entre 2007 e 2014. No entanto, especialistas afirmam que este número pode ser 50 vezes maior, devido ao alto índice de subnotificações. A Anvisa detectou no último estudo que 64% dos alimentos analisados tinham resíduos de agrotóxicos. Segundo a Campanha Contra os Agrotóxicos, em 2014 foram consumidos 7,3 litros de agrotóxicos para pessoa no Brasil.

Sobre o Pronara

O Programa de Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara) foi aprovado em agosto de 2014, como parte da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, após meses de elaboração de um grupo de trabalho formado por diversos especialistas, vinculados a instituições de pesquisa e ensino, nove ministérios e organizações da sociedade civil. O Pronara é constituído por seis eixos: (1) Registro; (2) Controle, Monitoramento e Responsabilização da Cadeia Produtiva; (3) Medidas Econômicas e Financeiras; (4) Desenvolvimento de Alternativas; (5) Informação, Participação e Controle Social e (6) Formação e Capacitação. No total, são previstas 137 ações concretas que visam frear o uso de agrotóxicos no Brasil. Dentre elas, medidas como o fim da isenção fiscal, implantação de zonas livres de agrotóxicos e transgênicos e a reavaliação de produtos banidos em outros países.

A Campanha

A Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida nasceu em 2011, fruto da articulação de organizações de pesquisa, da sociedade civil e movimentos sociais, com o objetivo de sensibilizar a população brasileira para os riscos que os agrotóxicos representam, e a partir daí tomar medidas para frear seu uso no Brasil. Hoje já existem provas concretas dos males causados pelos agrotóxicos tanto para quem o utiliza na plantação, quanto para quem o consome em alimentos contaminados. Ao mesmo tempo, milhares de agricultores pelo Brasil já adotam a agroecologia e produzem alimentos saudáveis com produtividade suficiente para alimentar a população.

Fonte: Articulação Nacional da Agroecologia

Contato

Secretaria Nacional: (41) 9676 5239 / (41) 9144 6761 (Jakeline Pivato)

Assessoria de Imprensa: (11) 97581 8121 (Íris Pacheco)