quarta-feira, 29 de junho de 2016

Presidência da República: Veto à emenda que permite pulverização aérea de agrotóxicos nas cidades


Aproveitando-se do surto de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegytpi, a bancada ruralista inseriu uma emenda à medida Provisória 712/2016, que trata das ações de controle de doenças, para permitir o uso de aviões agrícolas nas cidades.

Como se já não bastasse sermos envenenados todos os dias pela comida, ruralistas pretendem faturar ainda mais às custas da nossa saúde. Não é à toa que o maior incentivador da proposta é o SINDAG, que representa a indústria de aviação agrícola, e está comemorando a "boa notícia".

Além de perigoso para a saúde, o controle de vetores com base na aplicação de inseticidas tem se mostrado ineficaz, induz resistência nos mosquitos e pode causar danos à saúde humana. Os produtos pertencem, principalmente, ao grupo dos piretróides e organofosforados que tem impacto sério sobre a saúde.

Saiba mais:

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Formiga-pote-de-mel, o outro animal que produz mel tal e qual uma abelha

Fonte: hierophant


Existe uma formiga do deserto que produz mel da mesma forma que as abelhas. Chamada de formiga-pote-de-mel, esta formiga vive nos desertos Africanos, da América do Norte e na Austrália. Sendo que nessas regiões são consideradas uma iguaria para os humanos que habitam nessas regiões.

Sendo formigas obreiras, estas são consideradas especiais, pois existem algumas destas formigas que usam o próprio abdômen como reserva de alimento pra todo o formigueiro. Ao que parece, depois das chuvas, as plantas do deserto, produzem uma grande quantidade de néctar excessiva, e as formigas-pote-de-mel vivem como autênticos potes de mel, armazenando sem qualquer desperdício todo este alimento, para sobreviverem nos tempos secos.

Quando retêm muito mel no abdômen, elas tendem a ficar com dificuldades de locomoção no próprio ninho. Devido a essa dificuldade de locomoção, elas ficam dentro do ninho, penduradas no teto, ficando inclusive imóveis durante grande parte das suas vidas. Até que, na escassez de alimento, uma outra formiga chegue perto dela e lhe tira o abdômen cheio de mel, para que este seja usado pelas outras formigas como alimento.

Apesar de toda essa “carnificina”, as formigas que alimentam as outras formigas não morrem, pois, após o conteúdo ser consumido por completo, as formigas “reservatório”, voltam ao seu tamanho normal e estão prontas para mais uma etapa de colheita de néctar assim que possível.

Errados por décadas: não é a geleia real que cria uma abelha rainha

Fonte: hypescience


Durante décadas, os cientistas pensavam que o excesso de uma substância especial chamada geleia real é o que elevava uma larva de abelha comum a uma rainha.
Uma nova pesquisa sugere que não é isso, no entanto: é o que futuras rainhas não comem que importa.

Geleia real para uma, pólen e mel para outras

A geleia real, também chamada de “leite de abelha”, se parece com muco branco. Mais de metade é água, o resto é uma combinação de proteínas e açúcares. Glândulas especiais nas cabeças das abelhas operárias secretam o material.
A abelha rainha é alimentada exclusivamente com geleia real, e não recebe pólen e mel, assim como suas irmãs proletárias. Alguns descrevem isso como castração nutricional. Nas abelhas que não recebem o alimento especial, os ovários murcham, e elas não se tornam rainhas (ou pelo menos é isso que pensávamos até agora).

Mas não é assim que funciona. Ao invés do problema ser as operárias não receberem geleia real, é o fato de que a rainha não recebe pólen e mel que faz com que ela se torne realeza.

Genes

Animais radicalmente diferentes podem ser criados a partir de material genético idêntico; uma abelha operária e uma abelha rainha só diferem em quais genes são ativados.
Genes fazem proteínas que constroem o resto de nossos corpos. Ao manipular o ambiente de sua prole, abelhas geneticamente alteram seus corpos através da nutrição.
Sabemos há algum tempo que a dieta das abelhas está envolvida na construção de diferentes tipos de corpos. A ciência ainda não sabe muito bem como isso acontece. Larvas de abelha rainha são cercadas por geleia real. Já abelhas operárias comem um tipo de pólen fermentado e mel.

O estudo

A Dra. May Berenbaum, professora da Universidade de Illinois (EUA) e uma das autoras do novo estudo, diz que não há uma resposta simples para a pergunta “O que as bebês abelhas comem?”.
Pólen e mel são derivados a partir de materiais de plantas, e como muitos materiais vegetais, contêm uma variedade de produtos químicos fenólicos (flavonoides). A geleia real, no entanto, não tem ácidos fenólicos detectáveis.
A partir de pesquisas anteriores, os pesquisadores sabiam que os flavonoides aumentavam as respostas imunes de abelhas operárias adultas. Isso é uma coisa boa; tem o efeito colateral de ajudá-las a desintoxicar pesticidas mais rápido. Os cientistas se perguntavam como abelhas em desenvolvimento iriam reagir a compostos fenólicos.

Para descobrir, alimentaram dois grupos de larvas de abelhas com e sem ácido p-cumárico, um tipo comum de flavonoide. Em seguida, observaram atentamente as diferenças na ativação de genes entre os grupos. Os resultados foram surpreendentes.

Descoberta inesperada

O que faz com que uma abelha rainha seja a rainha? Ela é a única na colmeia que põe ovos. Quatorze genes conhecidos estão envolvidos nesse processo. Abelhas rainhas também são maiores e vivem mais do que as operárias.
No estudo, abelhas criadas na dieta com ácido p-cumárico tiveram ovários significativamente menores do que as criadas sem esse composto.
Num conjunto de genes conhecidos por regular o tamanho do órgão em animais, o ácido p-cumárico alterou significativamente a expressão de mais de metade deles.
Isso pode significar que as abelhas que consomem pólen e mel com flavonoides têm ovários menores e se tornam operárias. A descoberta foi inesperada, pois os cientistas não estavam tentando analisar esse aspecto da vida dos insetos, mas sim sua resistência a pesticidas.

O silenciamento de genes

De acordo com o Dr. Ryszard Maleszka, da Universidade Nacional Australiana, que não participou do novo estudo, epigenética é o estudo de como os ambientes afetam a expressão de genes. “Com nosso conhecimento atual só arranha a superfície dos sistemas biológicos, a biologia da abelha não é nenhuma exceção”, diz. “Estamos lidando com 500 milhões de anos de evolução animal, assim há muito para descobrir”.

Muitos fatores além de produtos químicos podem interferir no que torna uma abelha a rainha: um composto com o nome de royalactin, por exemplo, tem sido proposto como fundamental para o desenvolvimento da rainha.
Maleszka já havia negado a ideia de que um único composto criava uma rainha. Em 2008, seu laboratório foi capaz de criar abelhas rainhas sem qualquer consumo de geleia real, silenciando um conjunto de genes.
O verdadeiro poder desta nova investigação pode ser explicar por que as abelhas operárias não se tornam rainhas. Em vez de castração química, é este processo de alimentação elaborada que fornece proteção química aos ovários da rainha. Ela fica longe dos potenciais efeitos tóxicos ou metabólicos de substâncias químicas de plantas. [Wired]

sábado, 18 de junho de 2016

Animação mostra a importância das abelhas e por que elas estão morrendo

Fonte: b9


Mais triste e real do que “Bee Movie”



A história das abelhas e da civilização humana está intimamente ligada desde tempos imemoriais. Não apenas pelo mel, mas principalmente pela polinização das colheitas, as abelhas são extremamente importantes para a nossa alimentação. Seria praticamente impossível chegar aonde nossa sociedade chegou sem a ajuda das abelhas.
Mas a história não é tão feliz assim. As abelhas estão morrendo. Seja por parasitas, venenos ou pela ação humana, grande parte da população de abelhas está sofrendo de um fenômeno chamado distúrbio do colapso das colônias. E para conscientizar mais pessoas sobre o problema, o canal In a Nutshell – Kurzgesagt criou um vídeo que mostra a importância das abelhas e por que elas estão morrendo.

Confira acima (tem legendas em português).

sexta-feira, 3 de junho de 2016

AVISO DE CONSULTA PÚBLICA

Fonte: IBAMA
Pg 1 de 4

Com o intuito de estabelecer as diretrizes, os requisitos e os procedimentos para a avaliação de risco de agrotóxicos para abelhas e assegurar a transparência do processo, está submetida a consulta pública uma proposta de Instrução Normativa para comentários do público em geral.

O objetivo da presente Consulta Pública é divulgar a proposta de Instrução Normativa e receber contribuições de órgãos, empresas, entidades, pesquisadores e pessoas interessadas. Os interessados em colaborar com a consulta pública devem preencher o formulário específico disponível aqui.

O aviso de Consulta Pública foi publicado no DOU de 31/05/2016,  na Seção 3, página 105 (disponível aqui), e o prazo para envio de comentários e sugestões será encerrado em 29/06/2016.

Dúvidas podem ser tiradas pelo emailreavaliacao.sede@ibama.gov.br

A proposta de Instrução Normativa pode ser obtida aqui.

 

O que é a Reavaliação Ambiental?

Reavaliação Ambiental é uma reanálise de produtos já registrados e em uso no mercado, devido a  indícios  relativos a danos ao meio ambiente verificados em momento posterior à concessão do registro. Esses indícios podem ser verificados por meio de estudos científicos ou casos concretos ocorridos no Brasil ou no mundo.

 

Qual o embasamento legal para o procedimento da reavaliação?

De acordo com o Art. 3°, da Lei n° 7.802/89, os agrotóxicos, seus componentes e afins só poderão ser  produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão  federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.
É competência do Ministério do Meio Ambiente, segundo no Art 2º, inciso VI do  Decreto nº 4.074/2002, promover a reavaliação  de registro de agrotóxicos , seus componentes e afins, na sua área de atuação, quando surgirem indícios da ocorrência de riscos que desaconselhem o uso de produtos registrados ou quando o País for alertado nesse sentido, por organizações internacionais responsáveis pela saúde, por organizações internacionais responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordos.

Instrução Normativa Conjunta n° 2, publicada no DOU de 29 de setembro de 2006, Seção I, página 126, estabeleceu os  procedimentos para fins de reavaliação agronômica ou toxicológica ou ambiental dos agrotóxicos, seus componentes e afins nas seguintes situações:

I - quando ocorrer alerta de organização internacional responsável pela saúde, alimentação ou meio ambiente, da qual o Brasil seja membro integrante ou signatário de acordo ou convênio, sobre riscos ou que desaconselhem o uso de agrotóxico, componente ou afim;
II - por iniciativa de um ou mais dos órgãos federais envolvidos no processo de avaliação e registro, quando houver indícios de redução de eficiência agronômica, alteração dos riscos à saúde humana ou ao meio ambiente, e
III - a pedido do titular do registro ou de outro interessado, desde que fundamentado tecnicamente.

O IBAMA, instituição vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, responsável pela avaliação dos agrotóxicos, seus componentes e afins, publicou no DOU nº 102, seção 1, de 01/06/2009, a Instrução Normativa nº 17, de 29/05/2009, que institui os procedimentos administrativos no âmbito do IBAMA para a reavaliação ambiental dos agrotóxicos, seus componentes e afins.

Quais as consequências da Reavaliação?

A reavaliação pode ter as seguintes consequências de acordo com o Art. 19 do Decreto nº 4.074 de04/01/2002:

- Manutenção do registro do produto sem alterações;
- Indicação de  adequações no produto, mudança de formulação, dose ou método de aplicação;
- Restrição da comercialização;
- Proibição, suspensão ou restrição  da produção e/ou importação;
- Suspensão ou cancelamento do  registro do produto.

Após o processo de reavaliação, caso se conclua pela suspensão ou cancelamento do produto, serão definidos prazos para retirada do mercado e divulgados os possíveis substitutos.

 

Contato: reavaliacao.sede@ibama.gov.br

Demais páginas em http://www.ibama.gov.br/areas-tematicas-qa/reavaliacao