domingo, 3 de julho de 2016

Instalação Artística Controlada por Abelhas

A Colmeia, uma estrutura que responde à atividade de uma colmeia real, será apresentada no Kew Gardens até novembro do ano que vem

24 junho 2016 por Monica Simeonova, Eatglobe

(Para ver mais imagens, acesse Eatglobe)

No dia 18 de junho, a escultura "A Colmeia" abriu suas portas ao público em Kew Gardens em Londres. A instalação artística inspirada por abelhas, que obteve um grande sucesso na Expo Milão 2015, é projetada pelo artista do Reino Unido, Wolfgang Buttress, e tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a importância da polinização.
A escultura de 17 metros de altura, que lembra a matriz de uma colmeia, contém mais de 150.000 pedaços de alumínio e 1.000 luzes de LED anexadas a eles. A estrutura de 40 toneladas também é conectada a acelerômetros especiais que detectam o movimento de uma colônia de abelhas verdadeira, também situada em Kew Garden, e transmite seus dados em tempo real para as luzes de LED. Estas então piscam com o movimento das abelhas, transformando-se em uma representação visual da atividade da colmeia de abelhas.

Para aprimorar a experiência, Buttress também utiliza uma faixa musical única composta por sons de abelhas e músicas de orquestra. Os efeitos de áudio também variam com o movimento das abelhas dentro da colmeia, dando a sensação da vida ocupada dentro da colônia. A equipe de instalação também observa que a estrutura poderia servir como um confiável instrumento para previsão meteorológica, com as abelhas voltando para a colmeia antes de uma tempestade e, assim, superlotando a colônia com energia.
Além disso, uma série de colunas sonoras no piso da Colmeia permite que os visitantes interceptem a comunicação das abelhas através de condutores ósseos. Quando estes dispositivos são tocados com um bastão de madeira, enviam vibrações diretamente para o esqueleto - revelando os segredos da comunicação das abelhas através das vibrações. Os visitantes do Kew Gardens também podem seguir uma "trilha de polinização" no entorno da instalação, plantada com 34 espécies nativas visitadas por mais de 50 tipos de abelhas quando floridas.
Os visitantes que quiserem experimentar a estrutura inspirada nas abelhas poderão fazer isso até o final do próximo ano, com entrada para a Colméia inclusa nos bilhetes normais de entrada do Kew Gardens. O artista, contudo, afirmou que o trabalho duro que ele e sua equipe tiveram na construção da instalação será compensado somente quando o projeto promover a conscientização suficiente para aliviar a situação das abelhas no mundo.

sábado, 2 de julho de 2016

12 tipos de mel que talvez você não conheça

Fonte: Exame.com
Escrito por Daniela Barbosa


Mel não é tudo igual e no Brasil existe uma infinidade de tipos com diferentes benefícios para saúde.Segundo Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental e conselheiro da A.B.E.L.H.A. - associação brasileira de estudo das abelhas-, embora o número seja maior, são 12 os tipos de méis que mais se destacam por sua peculiaridade, mas alguns deles são raros e difíceis de encontrar no mercado convencional.

"Eles possuem características distintas e mudam de acordo com a planta de onde é extraído o néctar, a localização geográfica dessas vegetações e das espécies de abelha produtoras. Sendo assim, o mel pode apresentar consistências, sabores e cores diferentes", afirma o especialista.
Basicamente, eles se dividem em duas categorias: os produzidos pelas abelhas Apis e os produzidos pelas abelhas sem ferrão.
Menezes listou os 12 dos principais tipos de mel existentes no Brasil e suas funcionalidades. Veja a lista:

Mel da abelha Apis mellifera:

1 - Laranjeira: Mel claro, muito valorizado pelos consumidores brasileiros devido ao aroma e coloração. Encontrado em São Paulo e Minas Gerais.
2 - Eucalipto: Mel relativamente escuro, rico em minerais, geralmente utilizado como expectorante. Produzido nas regiões Sul e Sudeste.
3 - Cipó-uva: Mel transparente, costuma agradar os consumidores por sua coloração e aroma, predominantemente produzido em áreas de Cerrado, em Minas Gerais.
4 - Bracatinga: Mel não-floral ou melato, produzido a partir de cochonilhas, insetos sugadores que secretam um líquido açucarado no tronco da Bracatinga, árvore nativa das regiões mais frias do Sul do Brasil. Sabor muito autêntico e peculiar, muito escuro e rico em minerais. É possível produzir mel das flores também, geralmente com sabor bem amargo.

Mel das abelhas sem ferrão:

5 - Uruçu: Mel claro e amarelado, levemente ácido, produzido no Nordeste brasileiro.
6 - Mandaçaia: Mel claro, às vezes transparente, não é ácido, com sabor característico do material de construção usado nas colônias, produzido no Sul e Sudeste.
7 - Jataí: Mel claro, levemente ácido, muito usado na cultura popular por suas propriedades medicinais, produzido no Brasil todo.
8 - Uruçu-amarela: Mel muito ácido, produzido no Pará, considerado o melhor mel do Brasil no concurso de mel organizado pela Ame-Rio nesse ano.
9 - Tiúba ou uruçu cinzenta: Mel muito doce, geralmente transparente, produzido no Maranhã e Pará.
10 - Borá: Mel bastante peculiar, é levemente salgado e possui aroma que lembra o sabor de queijo, ótimo para temperar saladas. Produzido na região Sudeste;
11 - Jandaíra: Mel levemente ácido, usado na cultura nordestina como produto medicinal, produzido na região do Semiárido do Rio Grande do Norte.
12 - Mandaguari: Mel levemente amargo e mais viscoso, produzido no Sul e Sudeste.