quinta-feira, 26 de maio de 2016

Plataforma online facilita pesquisas sobre abelhas neotropicais



Fonte: sfagro.uol

A plataforma é destinada principalmente a pesquisadores e estudantes universitários

A Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.), em parceria com o Centro de Referência em Informação Ambiental (CRIA), lança o Sistema de Informação Científica sobre Abelhas Neotropicais (clique aqui), uma plataforma de pesquisa que tem por objetivo facilitar o acesso à informação científica disponível em diferentes sistemas on-line. A informação é apresentada em uma página única e permite ao usuário o acesso direto à sua fonte primária.
 
A plataforma é destinada principalmente a pesquisadores e estudantes universitários que buscam encontrar de maneira rápida e eficiente informações que podem dar suporte a seus estudos. Entretanto, o sistema é aberto para consulta a todos os públicos interessados.
 
A diretora-executiva da A.B.E.L.H.A., Ana Assad, ressalta a importância da ferramenta como forma de ampliar a disseminação das informações. “O Sistema tem a função de oferecer à comunidade científica e a interessados no tema dos polinizadores, em especial das abelhas, um caminho mais curto para que o conhecimento científico disponível seja não apenas utilizado em trabalhos acadêmicos, como também que tenham o seu alcance ampliado, incentivando novos estudos, aplicações e publicações”.
 
Fontes científicas
O Sistema utiliza como fonte primária o Catálogo de Abelhas Moure, referência fundamental sobre a fauna neotropical de abelhas, e integra dados de base como Biodiversity Heritage Library (BHL), Bioline International, Fototeca Cristiano Menezes, rede speciesLink, o sistema de bibliografia do IBICT, oasisbr, além de outras informações especializadas.
 
Para consultar e iniciar a navegação basta digitar o nome científico ou o nome comum da abelha. Conforme o nome é digitado, são apresentadas as principais informações sobre a espécie escolhida e os resultados das buscas nas diferentes fontes.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Paraná vai regularizar produção de mel de abelha nativa, sem ferrão

Fonte: Folha Agrícola

A produção de mel de abelha nativa, sem ferrão, será regularizada no Paraná. Com isso, o produtor legaliza a atividade e o consumidor terá à disposição um produto de qualidade e de elevado valor nutricional e até medicinal. Além disso, a criação de abelhas nativas potencializa a polinização de florestas e outras espécies, auxiliando o aumento da produção vegetal do Paraná.

A proposta para regularização do mel de abelha nativa foi entregue nesta segunda-feira (23), ao secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, pelos produtores e pelo gerente da Câmara Técnica da Meliponicultura, José Adailton Caetano. O secretário explicou que a regularização dessa atividade é uma exigência da legislação federal. “Isso será importante, porque vai auxiliar na padronização da produção, garantindo a qualidade do produto final para o consumidor”, disse ele.

Segundo Ortigara, a proposta será enviada para a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), que fará o levantamento das condições de produção e de comercialização por parte dos produtores. O gerente da Câmara Técnica da Meliponicultura disse que como a atividade é ainda irregular, é difícil prever o número de produtores e da produção de mel de abelha sem ferrão no Estado. Ele explicou, porém, que os cursos oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) sobre a atividade atraiu cerca de 5.000 produtores que, ele acredita, já estão produzindo.

ESPÉCIES - Hoje no Paraná existem cerca de 35 espécies de abelhas nativas, sendo que 15 delas têm grande potencial para produção de mel. As demais são consideradas grandes polinizadoras, o que é muito importante na manutenção da biodiversidade das espécies vegetais no Estado, esclareceu Caetano.

Por outro lado, essa produção acaba sendo comercializada de forma artesanal, nas localidades próximas à produção. “Por falta de regulamentação, o produto não pode ser deslocado para mercados nas grandes cidades, mais disponíveis aos consumidores”, disse.

Ele lembra que o mel disponível para o consumidor é oriundo de abelhas europeias e africanizadas, este sim regularizado junto aos órgãos federais e estadual. O mel da abelha sem ferrão, embora seja uma atividade muito antiga – os índios já o produziam – não foi submetido para ser regulamentado ao órgão de defesa agropecuária no Paraná.

JÁ PRODUZ - Em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, existe a Amamel (Associação dos Meliponicultores de Mandirituba) que já produz o mel de abelha nativa, sem ferrão, em quantidade para comercialização. Eles produzem mel das espécies Tubuna, Jataí, Mandaçaia, Manduri e Guaraipo. Mas a entidade ainda não está autorizada a comercializar essa produção em mercados maiores.

Segundo José Adailton Caetano, o manejo de abelhas nativas é muito fácil, o inseto não oferece riscos. “Ele tem suas defesas, mas como não tem ferrão não agride o produtor. Por isso, essas abelhas podem ser criadas até em apartamentos, nas cidades, o que melhoraria muito a produção dos jardins nas regiões urbanas, desde que seguidas as regras impostas pela legislação”, explicou.

O presidente da Amamel, Marcos Antônio Dalla Costa, presenteou o secretário Norberto Ortigara com uma embalagem contendo quadro garrafinhas de mel, da espécie Tubuna, de abelhas nativas, sem ferrão.