segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Curso: Introdução e Histórico

O Brasil possui grande potencial e tradição na criação de abelhas. Atualmente esta atividade vem crescendo de forma acelerada, fazendo com que ocupemos a 11ª posição do ranking dos produtores mundiais de mel (Fonte: Ministério da Agricultura: http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2011/03/2/producao-de-mel-cresce-30-em-2010 acessado em 03/06/2012).
Porém, um fato muito importante, que muitas vezes é tradicionalmente criada para a produção de mel, a abelha melífera (Apis mellifera), popularmente conhecida como "européia", "italiana", ou "africanizada", é uma espécie exótica, introduzida séculos atrás pelos colonizadores europeus. Bem antes disso já existia a criação de abelhas sem ferrão, a atividade da meliponicultura.
A meliponicultura é uma atividade milenar, que foi iniciada pelos indígenas presentes na América do Sul e Central, antes da colonização européia. Trata-se da criação de abelhas com mais de 400 espécies no mundo todo, espalhadas pela região tropical do planeta. No Brasil, existem cerca de 300 espécies deste grupo. Como o nome já destaca, as abelhas sem ferrão possuem o ferrão atrofiado, de forma que não se defendem com o comportamento da ferroada, uma das principais vantagens da atividade da meliponicultura.
A forma tradicional de criação das abelhas sem ferrão é bastante rústica, fazendo com que a atividade servisse apenas para consumo dos produtos pela família e pelo lazer proporcionado. A partir da metade do século XX a pesquisa científica deste grupo teve uma grande expansão através de nomes como o de Paulo Nogueira Neto e Warwick Kerr. Com isto, a atividade de criação também sofreu um aumento na quantidade de pessoas interessadas e principalmente possibilitaram pesquisas ligadas à criação racional dessas abelhas. Estes novos conhecimentos possibilitaram uma visão melhorada do enorme potencial que esta atividade possui, de forma que hoje a meliponicultura já é uma atividade reconhecida pelo Estado, através de leis que regulam a criação e comercialização dos produtos. Além disso, atualmente existem instituições focadas na pesquisa e desenvolvimento da atividade, como universidades e instituições vinculadas ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, como por exemplo, a Embrapa, que direciona diversos profissionais capacitados na pesquisa e desenvolvimento de novas técnicas e aperfeiçoamento da atividade.

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