Muito boa aplicação... prova de que podemos ser muito criativos e desenvolver novos métodos.
Mensagem Doce nº 118 de 2012
Helder Rocha de Souza1,3 , Wilson Amorim Melo2 & Patrícia Maia Correia de Albuquerque31PPGBC/UFMA heldersouza.br@gmail.com
2Meliponário Abelha Nativa Tubi abelhanativatubi@hotmail.com
3UFMA/LEA - Laboratório de Estudos Sobre Abelhas patemaia@hotmail.com
Figura 1 - Wilson Melo e o filho Pedro Melo
"Este é o trabalho
de uma luta de 28 anos
que conseguimos revolucionar
em menos de 60 dias.
Sendo que as abelhas
não ficam agressivas
e você as explora
com muitas facilidades"
(Wilson Melo)
A produção de própolis da abelha Tubi, Scaptotrigona aff. postica Latreille, 1807 é uma atividade importante da meliponicultura que ocorre no município de Barra do Corda, região central do estado do Maranhão, Brasil. Esta própolis é utilizada como matéria-prima para elaboração artesanal de cremes, extratos alcoólicos, sabonetes e méis compostos, que são utilizados pela população em função de suas propriedades terapêuticas e valores nutricionais. Há 28 anos o meliponicultor Wilson Melo iniciou sua criação de abelhas Tubi e possui acima de 800 colmeias distribuídas em seus 16 meliponários (Figura 1).
Modelos de colmeias utilizadas
Dois modelos de colmeias são utilizados atualmente para a criação de Tubi, sendo um que consiste em numa caixa retangular com laterais e fundo fixo e tampa removível (Figura 2) e o outro, é o modelo AIDAR (Figura 3), que pode utilizar até 3 alças sobrepostas ao ninho. Em ambos os casos a Tubi se adaptou muito bem, porém, ao longo dos anos, Sr. Wilson Melo observou que houve maior produção de própolis e pólen nas colmeias AIDAR. A produção de mel por colmeia não ultrapassou 100g por ano.
A produção convencional de própolis
A utilização das colmeias mostradas nas (Figura 2 e Figura 3), para produção de própolis promove grande interferência nas atividades biológicas no interior dos ninhos. Em ambos os casos é necessário que se abra a tampa, e com a utilização de ferramenta cortante coleta-se a própolis (Figura 4). Este manejo submete a colônia a um elevado nível de stress provocado pela alteração brusca da temperatura interna, aumento significativo de luminosidades, rompimento de estruturas fixadas na tampa (potes de alimento e favos) e forte vibração provocada pelo corte da própolis. As abelhas ficam incomodadas com este manejo e o aguçado instinto de defesa da Tubi é despertado, o que ocasiona ataques intensos ao meliponicultor.
Adaptação dos coletores "T & P" para abelha Tubi
Os coletores TP (Figura 6 e Figura 7) foram adaptados nas laterais das alças dos dois tipos de colmeias utilizadas pelo Sr. Wilson Melo, porém no modelo AIDAR (Figura 5) observou-se melhores resultados. As vantagens encontradas pelo meliponicultor foram: menor agressividade das abelhas, menos interferência no ninho, facilidade no manejo, manutenção da integridade da coleta, maior facilidade do corte da própolis em local adequado e menor possibilidade de contaminação. Após a esta etapa de avaliações preliminares, o grupo de pesquisadores do Laboratório de Estudos Sobre Abelhas - LEA dará continuidade às pesquisas sobre a produção de própolis da abelha Tubi em colmeias adaptadas, cujo objetivo é a contribuição com o desenvolvimento da meliponicultura no estado do Maranhão.
Apoio: FAPEMA
Figura 2 - Colmeia "Cabocla" | Figura 3 - Colmeia PNN | Figura 4. Coleta com abertura do ninho |
Figura 5. Colmeia AIDAR com coletor TP | Figura 6. Coletor TP propolizado pela Tubi | Figura 7. Coleta de própolis com coletor TP |
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