sexta-feira, 31 de outubro de 2014

E novas colmeias não param de aparecer!

Não sei se foi meu olhar desatento ou realmente esta temporada favoreceu a multiplicação das espécies!
Hoje, ao ligar a bomba do poço, encontro mais um tubo de entrada de abelhas sem ferrão, rente a uma árvore:


Aparentemente mais uma Jataí-da-terra e ao contornar a árvore, para minha surpresa, outro tubo de entrada...

Seriam vizinhas? Tão próximas umas das outras e nos pés da mesma árvore?!
Geralmente os ninhos destas abelhas, que fazem-no sob a terra, podem ficar de 20cm a 2m de profundidade!
Seria possível ser duas entradas para o mesmo ninho? Acho que não, mas vai saber... Já ouvi dizer que, em época de enxameação, algumas abelhas sem ferrão fazem um segundo tubo de entrada, o que indicaria um início de divisão da colmeia, mas geralmente é um tubo bipartido e não duas entradas distantes uma da outra! (A não ser que eu esteja equivocado e interpretei o texto erroneamente!) Bom, estas são dúvidas que ficarão. Pelo menos até que algum bem aventurado deixe as respostas nos comentários! ;)

Bom dia a todos!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Novas abelhas

Estes dias encontrei outros dois ninhos...


Neste a abelha esta saindo. Não sei ainda qual espécie, nem se é uma abelha sem ferrão. E no próximo, de início pensei ser uma Mandaçaia (Melipona quadrifasciata), pois é bem parecida... A vi carregando uma folha. Seguindo-a descobri o local do ninho e notei que a folha era para cobrir seus ovos! Foi aí que, pesquisando, cheguei à conclusão tratar-se de uma abelha solitária, a Abelha Cortadeira (Megachile spp).



Sendo a Abelha solitária acaba fazendo mais sentido, pois ela está fazendo seu ninho numa frestinha de uma porta de madeira que estou usando como bancada... não teria espaço para uma colmeia!! Mas que se parece muito com a Mandaçaia, isso parece!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Carpinteiras II

Hoje, ao ir inspecionar a caixa isca para Jataí que havia tido problemas com formigas, ouço um zunido alto e constante! Impressionante como as abelhas gostam das flores da Uvaieira, tanto quanto as flores da cerejeira-do-mato! (Lembram?! Veja aqui.)
Pena que a árvore da Uvaia é alta e não deu para ver quais espécies de abelhas estavam alvoraçadas por causa das pequenas flores.


Chegando no local da caixa isca, ao abri-la, vejo novamente algumas formigas carpinteiras. Desta vez fui obrigado a vedar a caixa com fita crepe...


Agora não terá como elas entrarem novamente!
De qualquer forma continuarei inspecionando...

sábado, 18 de outubro de 2014

Mais colmeias in natura!

Ontem pela manhã, ao conectar a mangueira de irrigação na caixa d'água para completá-la com a água do poço, percebi, logo ao lado da conexão, um pequeno orifício. De início pensei ser um amontoado de formigas, pois a movimentação estava muito pequena! Chegando mais perto e aguardando um pouco mais, eis que surge uma pequena abelha sem ferrão num voo rasante e entrando direto lá pro fundo do orifício! Logo depois consegui flagrar uma abelha sentinela espiando para fora da colmeia:


Acredito ser a Mirim Saiqui (Plebeia saiqui).
Ainda neste mesmo dia, entro na salinha de ferramentas e noto um barulhinho chato... Um zum zum zum bem baixinho! Já tinha ouvido este barulho antes, mas nunca tinha parado pra prestar atenção. Persegui o zunido e encontrei de onde vinha. Xeretando mais um pouco descubro as danadas:


Outra colmeia de abelhas sem ferrão! Estas são minúsculas e o entra e sai intenso! Devem ser a Tubuna (Scaptotrigona bipunctata).
Duas colmeias no mesmo dia e espécies bem diferentes! Agora no meu quintal somam: três colmeias de Jataí, sendo uma Jataí-da-terra, uma da Mirim Saiqui e outra de Tubuna. Sem contar as outras duas de Jataí em árvores na rua aqui em frente! Todas in natura... e nada de enxamearem para as minhas caixas!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Caixa anti formigas

Pois é, verificando as caixas novamente, uma delas estava com formigas carpinteiras denovo! (Ver post "Carpinteiras")


Eram poucas, mas insistentes e em quantidade suficiente para afugentar as futuras abelhas sem ferrão! (Lá no fundo, ao centro, tampando o furo de ventilação, coloquei cera de Apis. Assim as abelhas podem manuseá-la aumentando ou diminuindo a passagem de ar conforme a necessidade da colmeia) Achando que elas entraram pelo orifício de entrada, fiz então uma pequena adaptação para que as formigas não voltem a entrar: Peguei uma tampinha de garrafa PET, fiz um pequeno furo no centro e preguei na entrada da caixa.


Coloquei, logo abaixo do furo, um pouco da cera do tubo de entrada das abelhas Jataí para que o enxame sinta o cheiro e vá para caixa.
Com a tampa presa, recortei o gargalo da garrafa PET e então rosqueei na tampa.


Deste jeito as formigas não entrarão mais pelo orifício de entrada!
Como acho que foi por ali que elas entraram, não vedei as frestas com fita crepe para facilitar as futuras inspeções, mas caso elas voltem aí sim vedarei todas as emendas.
Voltei a caixa em seu devido lugar.


Vamos ver se resolve!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Carpinteiras

Hoje inspecionei as caixas iscas e uma delas estava cheia de formigas carpinteiras, mais especificamente a Camponotus spp.



Provavelmente estavam a muito pouco tempo lá dentro, pois não havia ovos e nenhum tipo de estrutura ou dano na madeira. Havia apenas um amontoado destas pestes.
Impressionante como estas formigas são uma praga por aqui!! Tive sérios problemas com elas dentro de casa, o que me deixou muito preocupado na época, pois elas fazem tanto estrago quanto os cupins, mas agora está tudo sob controle.
Tratei de expulsá-las da caixa e ficarei de olho se voltarão. Se for o caso terei que tomar algumas providências para proteger melhor as caixas... e postarei os resultados!
Até agora nada das abelhas! Vamos treinando nossa paciência e torcendo para a sorte nos ajudar!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Abelha "ácida"!

Passeando pela internet encontrei um blog muito interessante e uma matéria me chamou a atenção...
Segue abaixo matéria do blog Meliponicultura em Foco:

"Uma abelha brasileira, que embora não possua ferrão, pode causar grandes danos ao intruso ou predador com sua defesa, chama-se Oxytrigona Tataira ou popularmente conhecida como Caga - Fogo. Ela possui cerca de 5,5 mm de comprimento, cabeça e abdome ferrugíneos e o restante do corpo preto. É uma espécie altamente defensiva, com ataques de defesa massivos, e seu nomes se deve ao fato de que segrega ácido fórmico, ou ácido metanoico, capaz de ocasionar queimaduras graves no ser humano.


É uma abelha saqueadora, sendo observado sua presença saqueando cera dos tuneis de entrada de outras colmeias de trigonas, mas nada que comprometa a saúde de outros enxames. Produz mel em pequenas quantidades e pólen processado em abundância. Também é conhecida pelos nomes de abelha-de-fogo, barra-fogo, bota-fogo, caga-fogo e mija-fogo. Seu nome vulgar é de origem indígena que significa "Caga-fogo"."

"O ácido fórmico (sistematicamente chamado ácido metanoico) é o ácido carboxílico mais simples. Sua fórmula química é HCO2H. É um importante intermediário na síntese química. Pode ser sintetizado mas também ocorre de forma natural, mais notavelmente no veneno das formigas, abelhas, e nas folhas de urtiga.
O ácido metanoico tem seu nome mais popular em referência à primeira vez que foi isolado pela destilação de um corpo de formiga, mais especificamente formigas vermelhas (Formica rufibarbis), processo esse desenvolvido por John Ray, em 1671.
Um importante uso do ácido fórmico é como conservante e agente antibacteriano na alimentação animal. Na Europa, é aplicado na silagem (incluindo feno fresco) para promover a fermentação do ácido láctico e para suprimir a formação de ácido butírico, mas também permite que a fermentação ocorra rapidamente, e a uma temperatura mais baixa, reduzindo a perda do valor nutritivo. Na indústria avícola, às vezes é adicionado na alimentação para matar a bactéria Escherichia coli. O uso como conservante para silagem e alimentação animal em geral constituiu 30% do consumo global em 2009.
O ácido fórmico é também utilizado de forma significativa na produção de couro, incluindo bronzeamento, e no tingimento e acabamento de têxteis. Por causa da sua natureza ácida é também usado como um coagulante na produção de borracha. O ácido fórmico ainda possui propriedades que combatem o reumatismo."


"Embora elas tenham essas qualidades negativas,deve-se lembrar que elas são animais pacíficos que não irão incomodar ninguém se não forem incomodadas,portanto quando achar um enxame dessa abelha não o destrua, aja diferente,sinalize o local evitando acidente. A natureza agradece."
Postado por Willian Lima
no blog Meliponicultura em Foco

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Engenhoca

Ontem fiz mais uma caixa isca... Na véspera das eleições quero deixar várias caixas espalhadas pelo jardim para aumentar as chances de captura das Jataí! Utilizei uma lixadeira, feita com motor de tanquinho, para dar o acabamento nas peças. A engenhoca é aquela que meu pai fez e peguei num dia que os visitei! Comentei este feito no post Novas ferramentas! É uma maravilha, super silencioso e não perde a força:


Novamente minha esposa preparou a solução atrativa e aplicou na caixa, mas desta vez deixei para colocar a caixa no lugar definitivo hoje pela manhã! Além das caixas estou pensando em preparar algumas iscas PET... não sei ainda.

Dividir para multiplicar

Uma vez com colmeia forte e na dificuldade de capturar novas colonias com caixa isca, como é o meu caso, uma forma prática de se conseguir mais colmeias e aumentar o volume do seu meliponário é a divisão de colônias! Encontrei este vídeo na internet e a tarefa não me parece tão complicada... inclusive é até bem simples:



Bom vídeo!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Briga e atração

Olá, como disse ontem no post Reforma, as Jataí estão demorando muito para ocuparem minhas caixas, então pesquisei na internet se havia feito algo errado...
Encontrei o vídeo abaixo e aparentemente o procedimento que efetuei está correto! Achei interessante também que o vídeo fala sobre como evitar brigas entre as colonias, o que um dia suspeitei que estava acontecendo por aqui, mas pelo visto não era o caso! Fica aí a lição de hoje... Bom vídeo!


http://g1.globo.com/economia/globo-rural/videos/t/edicoes/v/agronomo-ensina-metodo-que-previne-briga-entre-abelhas-de-uma-mesma-criacao/2106572/

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Reforma

Há dois dias não vejo mais atividade das Guiruçús na colmeia abandonada e nem de outras abelhas tentando ocupá-la. Espero ser devido ao "mau" tempo!
Ontem aproveitei que a chuva deu uma trégua e reformei a caixa isca que estava com a tampa empenada:


Fiz também uma outra caixa isca, minha esposa a preparou com a solução de própolis e já a coloquei no devido lugar:


Optei por deixá-las apenas com uma melgueira e um ninho grande... Primeiro pq ainda não estou vendo sinal das Jataí irem para as caixas e segundo pq li na internet que um dos casos das abelhas não ocuparem o ninho é por achá-lo muito grande!
Caso as abelhas ocupem as caixas isca e a colmeia cresça significativamente, nada me impede de incluir a segunda melgueira depois!
Devido à demora e dificuldade que estou tendo em capturar as abelhas sem ferrão, estou pensando seriamente em passar a fazer as caixas com ninho E sobre-ninho... assim facilita para uma futura divisão de colmeia!! (Pelo visto a divisão será crucial para o crescimento do meliponário, quando ele existir...)