quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Google e Observatório do Clima lançam o MapBiomas

Fonte: IDGNow - 15 de dezembro de 2015 - 15h29

Intenção é mapear as mudanças do uso do solo brasileiro desde 1985, revelando dados sobre o desmatamento e a situação real dos seis biomas brasileiros

Da Redação


Visualizar facilmente o que vem acontendo na Amazônia, no Cerrado, na Caatinga, na Mata Atlântica, no Pampa e no Pantanal é o objetivo do MapBiomas nova plataforma tecnológica do Google, em parceria com o Observatório do Clima, rede de ONGs que atuam na agenda climática do Brasil.

Segundo o Google, o MapBiomas vai analisar dados e imagens de satélites, com resolução de até 30 m x 30 m, no período de 1985 a 2017. Na primeira etapa, a ser executada ainda esse ano, serão analisadas imagens captadas entre 2008 e 2015. No próximo ano, o período a ser analisado será de 1985 a 2015 e, em 2017, serão analisadas, detalhadamente, as imagens até 2016.

A ferramenta permitirá a visualização de cada bioma em até quatro níveis de zoom – o mais próximo a apenas 30 metros do solo. “É uma revolução para a conservação brasileira, pois as imagens vão mostrar um raio x real e atualizado de todas as áreas naturais que foram devastadas ou que foram recuperadas com florestas”, explica André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, uma das instituições que faz parte do Observatório do Clima.

mapbiomas


Como funciona? 
O MapBiomas terá quatro produtos principais dirigidos ao público geral: o mosaico de imagens para cada ano analisado, com resolução mínima de 30 metros; mapas de cobertura de uso do solo com quatro níveis de aproximação (detalhamento); o Relatório anual de transições de cobertura de uso do solo no Brasil; e a plataforma web de consulta pública (MapServer) com imagens, mapas e possibilidade de gerar estatísticas on demand.

Para especialistas, o MapBiomas oferecerá plataforma web de trabalho (MapBiomas Workspace) para montagem do mapeamento e multiplicável para outros países e contextos; uma coleção de scripts no Earth Engine (do Google) aplicável em outros contextos; e, por último, notas metodológicas que vão explicar como foi feito o trabalho e as decisões tomadas no processo.

A ferramenta permitirá ainda que o usuário consulte imagens de anos anteriores para fazer análises que indiquem, entre outros dados, a quantidade de carbono que foi emitida ou captada pela vegetação em um determinado local do território nacional durante o período analisado.

A iniciativa é considerada inovadora e possibilitará à sociedade brasileira acompanhar as mudanças de uso do solo e suas implicações em emissões e reduções de Gás de Efeito Estufa (GEEs), com defasagem mínima de apenas um ano.

“Estamos falando do GoogleMaps dos ambientes naturais brasileiros”, afirma Ferretti.

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