sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

AS ABELHAS QUE RECUPERAM A VEGETAÇÃO APÓS INCÊNDIOS



Este é o resultado de uma pesquisa feita pela Universidade de Bolonha, Itália, nas costas mediterrânicas italianas e tunisinas, em que confirma-se “o papel do reparador dos insetos polinizadores” nas áreas que sofreram incêndios ou devastação.
Se não existissem outras razões para lutarmos pela preservação das abelhas e insetos polinizadores - as frutas que comemos - bastaria saber que, com a ação destes animais pequeninos que voam ao vento, de flor em flor, a recuperação das áreas devastadas é muito mais rápida e eficaz, assim informa um artigo do Repubblica.it Bolonha.
Simplesmente descobriu-se que a ação das abelhas, mais até do que a de outros insetos polinizadores, é uma peça-chave na recuperação da vegetação após um desastre ambiental que, de outra maneira, levaria desertificação e empobrecimento dos solos.
A abelha se distingue dos outros polinizadores porque pode ser ajudada pelo ser humano para acelerar esse processo - basta para tal que os ramos queimados sejam pincelados com uma mistura adequada que as alimente, algo doce, claro.

O Estudo

O estudo em questão foi realizado entre 2015 e 2016, na Ligúria, em uma área propensa a incêndios. A pesquisa analisou duas áreas de 400 metros quadrados - cada uma foram selecionadas para o experimento de campo - as áreas ficavam distantes poucos quilômetros entre si. Uma delas tinha o benefício de colmeias de abelhas e a outra serviu de controle. Parcelas experimentais foram demarcadas e verificadas a cada quinzena.
Os resultados dizem que, graças à contribuição activa das abelhas em algumas espécies de plantas ocorre um aumento de mais de mais 50% na produção de sementes.
Até hoje não se sabia que as abelhas, para além de polinizarem e produzirem mel, também seriam tão indispensáveis para a manutenção da biodiversidade e para a recuperação de áreas sujeitas a vários tipos de estresse.
A abelha contribui para a polinização das plantas floríferas cultivadas (cerca de 150-200 espécies em todo o mundo) e selvagens (mais de 350 mil), incrementando esse processo reprodutivo em 75-80%.
Essa pesquisa foi realizada no âmbito do Projeto Mediterranean CooBEEration e foi realizada pelo Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Bolonha, com a participação do Departamento de Ciência Agrícola, Florestas e Alimentação da Universidade de Turim e do Instituto Nacional de Agronômico Tunísia
Você poderá conhecer a fundo o projeto CooBEEration aqui em pdf.

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