terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Uso de abelhas aumenta produtividade no campo

24/01/2016 - fonte: Diário de Campo Grande

Diminuição do uso de defensivos agrícolas e aumento da produtividade de culturas agrícolas. Esses são alguns dos benefícios da apicultura utilizada na agricultura. A afirmação foi do presidente da Federação de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul e instrutor do Senar/MS, Gustavo Nadeu Bijos, durante palestra no Showtec 2016, em Maracaju.

 

Com a polinização de abelhas, o girassol pode ter aumento de ate 75% na produção. A maçã pode ter incremento de até 94%. Na plantação de soja, além de reduzir a aplicação de defensivos, a produtividade chega a aumentar em 25%. Com a solução de própolis na água, produtores têm conseguido bons resultados também na redução de doenças na produção de melancia. 

 

Bijos falou aos produtores sobre os valores de locação de colmeia na agricultura e os procedimentos para investir em apicultura. “No Brasil, o valor por colmeia varia entre 50 a 150 reais, enquanto em outros países o valor chega a 250 dólares, isso porque nos Estados Unidos há sumiço de abelhas, diminuindo a oferta”.  

 

Sobre o Showtec

 

Destinado aos produtores e empreendedores rurais, técnicos agrícolas, acadêmicos, entre outros, o Showtec é uma feira anual onde são apresentados produtos e serviços ligados ao setor agropecuário, lançamentos, inovações tecnológicas, sistemas de produção, palestras técnicas e resultados de pesquisas que contribuem para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

 

O evento é realizado pela Fundação MS e tem como principais promotores o Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Sistema OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras) e Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) e conta com o apoio do Sindicato Rural de Maracaju, Prefeitura Municipal de Maracaju, Sebrae/MS (Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena e Micro Empresas), Senar MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul), Embrapa Gado de Corte, Embrapa Agropecuária Oeste, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Sicredi e Fundect (Fundação de Apoio do Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul).


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Google e Observatório do Clima lançam o MapBiomas

Fonte: IDGNow - 15 de dezembro de 2015 - 15h29

Intenção é mapear as mudanças do uso do solo brasileiro desde 1985, revelando dados sobre o desmatamento e a situação real dos seis biomas brasileiros

Da Redação


Visualizar facilmente o que vem acontendo na Amazônia, no Cerrado, na Caatinga, na Mata Atlântica, no Pampa e no Pantanal é o objetivo do MapBiomas nova plataforma tecnológica do Google, em parceria com o Observatório do Clima, rede de ONGs que atuam na agenda climática do Brasil.

Segundo o Google, o MapBiomas vai analisar dados e imagens de satélites, com resolução de até 30 m x 30 m, no período de 1985 a 2017. Na primeira etapa, a ser executada ainda esse ano, serão analisadas imagens captadas entre 2008 e 2015. No próximo ano, o período a ser analisado será de 1985 a 2015 e, em 2017, serão analisadas, detalhadamente, as imagens até 2016.

A ferramenta permitirá a visualização de cada bioma em até quatro níveis de zoom – o mais próximo a apenas 30 metros do solo. “É uma revolução para a conservação brasileira, pois as imagens vão mostrar um raio x real e atualizado de todas as áreas naturais que foram devastadas ou que foram recuperadas com florestas”, explica André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, uma das instituições que faz parte do Observatório do Clima.

mapbiomas


Como funciona? 
O MapBiomas terá quatro produtos principais dirigidos ao público geral: o mosaico de imagens para cada ano analisado, com resolução mínima de 30 metros; mapas de cobertura de uso do solo com quatro níveis de aproximação (detalhamento); o Relatório anual de transições de cobertura de uso do solo no Brasil; e a plataforma web de consulta pública (MapServer) com imagens, mapas e possibilidade de gerar estatísticas on demand.

Para especialistas, o MapBiomas oferecerá plataforma web de trabalho (MapBiomas Workspace) para montagem do mapeamento e multiplicável para outros países e contextos; uma coleção de scripts no Earth Engine (do Google) aplicável em outros contextos; e, por último, notas metodológicas que vão explicar como foi feito o trabalho e as decisões tomadas no processo.

A ferramenta permitirá ainda que o usuário consulte imagens de anos anteriores para fazer análises que indiquem, entre outros dados, a quantidade de carbono que foi emitida ou captada pela vegetação em um determinado local do território nacional durante o período analisado.

A iniciativa é considerada inovadora e possibilitará à sociedade brasileira acompanhar as mudanças de uso do solo e suas implicações em emissões e reduções de Gás de Efeito Estufa (GEEs), com defasagem mínima de apenas um ano.

“Estamos falando do GoogleMaps dos ambientes naturais brasileiros”, afirma Ferretti.