domingo, 30 de novembro de 2014

Curso: Outras estruturas e regiões

Batume e própolis: Delimitam o espaço do ninho e vedam frestas. O batume geralmente é composto de barro e resinas, mas pode conter outros tipos de matéria orgânica. A própolis é constituída de resinas vegetais.
Invólucro: finas camadas de cerume que geralmente envolvem a cria, provavelmente isolando-a termicamente.

Ao centro o invólucro mais claro envolvendo os discos de cria e ao redor os potes mais escuros de mel e pólen. Na borda e rente a madeira, o batume usado para vedar pequenas frestas.
Depósito de cera e resina: Algumas espécies acumulam cera (que as operárias produzem nas glândulas abdominais) e resina em regiões específicas.
Depósito de lixo: regiões onde o lixo (excrementos e restos de abelhas mortas e células de cria velhas) é depositado antes de ser separado em pequenos pedaços e jogados para fora do ninho.
Entrada: Em geral bem característica para cada espécie, sendo usada, por este motivo, como elemento de identificação. As entradas podem ser ornamentadas com barro, cera, resinas e outros elementos orgânicos.
Túnel de entrada: em grande parte das espécies um túnel é construído internamente logo após a entrada. Sugere-se que sua função é de aumentar a chance de defesa pelas guardas.


sábado, 29 de novembro de 2014

Curso: Estrutura do ninho

Devido à grande diversidade de espécies, existe uma grande diversidade de estratégias biológicas utilizadas por elas, refletindo consequentemente nas estruturas do ninho. Basicamente o ninho é dividido em duas regiões principais, a região de cria e a de potes de alimento. A forma mais comum da organização da cria é em favos horizontais, com as células dispostas lado a lado, em formato de disco ou helicoidais. Também é comum que elas sejam organizadas em cachos, com as células individualizadas. Em alguns casos encontramos uma mistura destes dois sistemas, com favos bastante fragmentados, e em algumas poucas espécies também encontramos favos na posição vertical.


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Curso: Machos

Além das rainhas e operárias, existe um terceiro grupo dentro de uma colônia, os machos. Geralmente com os olhos maiores e mais próximos do que das operárias e sem corbículas (estrutura na perna traseira da operária utilizada para armazenar cargas de pólen e resina durante o forrageio), os machos são máquinas de acasalamento. Eles não contribuem nas tarefas internas da colônia (com exceção de algumas observações em que os machos cooperam na desidratação do néctar), os machos emergem, se alimentam e logo são expulsos da colônia, e vão cumprir a sua função reprodutiva fora do ninho. Eles vivem à espera de uma rainha virgem para acasalar-se e, caso consigam este feito raro para um macho - uma vez que a concorrência geralmente é grande - morrem logo em seguida, devido à ferimentos oriundos da cópula com as rainhas.

Curso: Reprodução e sistemática do grupo

As abelhas sem ferrão se reproduzem por "enxameação". Neste processo uma parte da população do enxame encontra outro local de nidificação e funda um novo ninho. Ao contrário das abelhas melíferas (Apis), que partem e nunca mais voltam ao ninho mãe, o enxame (parcela da população que irá fundar o novo ninho) mantém a comunicação com o ninho mãe durante algum tempo, transferindo recursos entre o ninho mãe e o ninho filho, até que este se torne independente. A rainha é parte fundamental neste processo, uma vez que é ela que vai determinar o parentesco entre os ninhos, já que ela é a unidade reprodutora da colônia.

Ela sai do ninho mãe virgem e segue até o local do novo ninho. O segundo e último vôo da rainha será o vôo nupcial, no qual ela voa, sofre a fecundação por machos que já estavam à sua espera e volta para o ninho. A partir deste momento ela desenvolve a fisogastria (crescimento do abdômen devido ao desenvolvimento dos ovários) e devido ao seu tamanho desproporcional, nunca mais voará.

Rainha fisogástrica com seu abdômen desenvolvido

A rainha é morfologicamente (formato de suas estruturas corpóreas) deferente das operárias. Esta diferença pode ter 2 diferentes origens dependendo do gênero da espécie em questão: se for do gênero Melipona a diferença será devido à genética do individuo, ou seja, a genética do individuo determinou que nascesse uma rainha; se for de qualquer outro gênero de abelha sem ferrão a diferença será devido à quantidade de alimentação que esta ingeriu na fase larval. Porém esta questão ainda é bastante discutida entre os cientistas, principalmente em relação ao gênero Melipona, pois ainda não é plenamente conhecido se a diferenciação é somente pela genética da larva, ou se existem outros fatores contribuindo para a formação da rainha neste gênero.

Todas as abelhas sem ferrão, com exceção das abelhas do gênero Melipona, produzem rainhas em uma célula de cria especial, chamada de célula real. A célula real tem um tamanho visivelmente maior que as células "normais" de operárias. Portanto mais alimento larval será depositado nesta célula, consequentemente a larva vai comer mais e ficar com um tamanho diferente das larvas de operárias. A metamorfose desta larva vai originar uma rainha com características morfológicas bastante deferentes das operárias, não só uma diferença de tamanho.

Célula real com tamanho diferenciado das demais
Não existe nenhuma outra diferença entre uma operária e uma rainha, que não seja a quantidade de alimento que esta recebeu durante sua alimentação na fase larval. Portanto se pegarmos um ovo de uma célula de operária (ou até mesmo uma larva) e fornecermos mais alimento (mesmo de outra célula de operária), ela se tornará uma rainha.

Se o mesmo for feito nas abelhas do gênero Melipona, só obteremos cerca de 1/4  de rainhas, mesmo fornecendo muito alimento. Isso acontece porque a determinação da casta de rainha neste gênero é controlada por fatores genéticos, que determinam que aproximadamente 1/4 de todos os ovos de fêmeas que a rainha põe tem "potencial" de se tornarem rainhas. "Potencial" é o termo correto porque se eles não forem alimentados com um mínimo de alimento necessário, eles se tornarão operárias.

Esta diferença na produção de rainhas foi, durante muito tempo, usado como um fator de classificação taxonômica das abelhas sem ferrão. As Meliponas eram agrupadas em um grupo, os "Meliponini", e os outros cerca de 30 gêneros eram chamados de "Trigonini". Esta classificação é bastante didática, pois ajuda a explicar a diferença que existe na diferenciação da casta de rainha, como vimos anteriormente. Porém ela já está ultrapassada e não é mais utilizada. Atualmente, o grupo é classificado da seguinte forma:

Ordem Hymenoptera
   Superfamília Apoidea
      Família Apida
         Subfamília Apinae
            Tribo Meliponini

Atualmente, "Meliponini" é a tribo que engloba todas as abelhas sem ferrão, e não existe mais divisão em dois grupos de acordo com o tipo de produção de rainhas. Simplesmente 1 (um) dos 32 gêneros de meliponinios (como podemos nos referir à tribo "Meliponini") produz rainhas de uma maneira diferente dos outros 31, o gênero Melipona.

Os gêneros existentes estão listados a seguir:

Aparatrigona
Camargoia
Celetrigona
Cephalotrigona
Dolichotrigona
Duckeola
Friesella
Plebeia
Proplebeia (Extinto)
Ptilotrigona
Scaptotrigona
Frieseomelitta
Geotrigona
Lestrimelitta
Leurotrigona
Melipona
Meliwillea
Mourella
Scaura
Schwarziana
Schwarzula
Tetragona
Nannotrigona
Nogueirapis
Oxytrigona
Parapartamona
Paratrigona
Paratrigonoides
Partamona
Tetragonisca
Trichotrigona
Trigona
Trigonisca

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Curso: Cuidados com a cria

Assim como em todos os insetos, novos indivíduos vêm de ovos, e no caso das abelhas sem ferrão, a rainha é a responsável por colocar os ovos. E, assim como as borboletas, besouros, moscas e vespas, uma larva nasce do ovo, e depois de uma metamorfose, ela se torna uma abelha.

Suponho que todos já tenham visto uma larva de borboleta, sem asas, que se alimenta de folhas, e passa o dia inteiro comendo. Quando grande, esta larva forma um casulo, e deste casulo nasce uma borboleta totalmente diferente. Mas e nas abelhas? Onde fica aquela larva totalmente diferente do adulto?

Esquema representando o desenvolvimento embrionário de uma espécie de abelha sem ferrão. As idades indicadas são aproximadas (dependem de vários fatos, como quantidade de alimento e temperatura de desenvolvimento) e variam muito de espécie para espécie.
As abelhas sem ferrão constroem com cerume um local para desenvolvimento desta larva, chamado de célula de cria. Elas enchem esta célula com alimento larval (mel, pólen e secreções glandulares), onde a rainha põe um ovo em cima deste alimento. Em seguida as operárias fecham a célula. A célula de cria só será aberta novamente quando o adulto emergir.


Portanto todo o desenvolvimento da larva e a metamorfose se dão dentro da célula de cria, e nela se encontra todo o alimento necessário para o desenvolvimento da larva até o estágio adulto. Assim, toda vez que um ovo é colocado, uma nova célula tem que ser construída. E toda vez que um adulto nasce, a célula é destruída.
"Operárias preenchem as células com alimento larval. Elas enfiam a cabeça dentro da célula e regurgitam o alimento (secreções glandulares + pólen + mel) que está armazenado em seu papo (pode ser confirmado pelo abdômen inchado). Quando a célula está cheia de alimento larval a rainha inspeciona a célula. Se estiver nas condições adequadas ela oviposita. Em seguida uma operária fecha a célula."

Ao contrário das abelhas sem ferrão, as abelhas melíferas (Apis) alimentam gradualmente suas larvas, deixando as células abertas conforme as larvas crescem, e só as fecham quando a larva sofre metamorfose. Nestas abelhas as células de cria são "reaproveitadas", ou seja, quando o adulto nasce, um novo ovo é colocado na mesma célula.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Curso: Biologia das abelhas sem ferrão

As abelhas sem ferrão possuem este nome justamente por ter o ferrão atrofiado, não o utilizando para defesa. Elas formam um grupo chamado Meliponini, composto por mais de 400 espécies, agrupadas em 32 gêneros (gênero é o primeiro nome de uma espécie, como por exemplo, Tetragonisca angustula, a Jataí, é uma abelha do gênero Tetragonisca). Portanto podemos tratar o grupo como "meliponineos". Elas se distribuem por toda a região tropical do planeta (América do Sul e Central, África, Ásia e Oceania), sendo que a maior diversidade é encontrada nas Américas, com cerca de 390 nomes válidos.

A Partir deste dado podemos ver quão diverso este grupo é, quando comparamos com as poucas espécies de Apis, que possuem apenas onze espécies dentro de um único gênero. Porém quando comparamos com o grupo inteiro das abelhas, percebemos que este grupo não é tão diverso quanto pensávamos. O mais intrigante é que quando olhamos uma flor (a fonte essencial de alimento de todas as abelhas) na maioria das vezes encontramos uma abelha sem ferrão (Meliponini) ou uma abelha melífera (Apis), ao invés de qualquer uma outra avelha das 19.400 espécies restantes. O que faz delas tão abundantes é o seu modo de vida, a vida em sociedade.



Figuras - Diferentes Tribos de abelhas dentro da família Apidae: Euglossini (abelhas das orquídeas), Bombini (mamangavas), Apini (abelha melífera) e Meliponini (abelhas sem ferrão)

Existem vários graus de socialidade nas abelhas. As espécies com comportamento mais simples, as "subsociais", apresentam agregações de indivíduos que cooperam nos cuidados com a cria. Os meliponineos, junto com as abelhas do gênero Apis, apresentam o mais alto grau de socialidade entre abelhas, são "eussociais", ou "altamente eussociais", fazendo das Apis os parentes mais próximos dos Meliponini.

Sociedades eussociais são aquelas nas quais gerações sobrepostas (mães e filhas no caso) trabalham em conjunto no cuidado com as crias, estas produzidas por uma única (ou em alguns casos algumas poucas) fêmeas (rainha), e os indivíduos restantes estéreis (operárias). O mais incrível da socialidade, e que permite essa grande abundância, é a capacidade das colônias em realizar simultaneamente diferentes tarefas. Imagine que uma abelha solitária é capaz de realizar a termorregulação de uma cria, criando condições ideais para o seu desenvolvimento. Em algum momento ela terá que deixar de realizar esta função para coletar alimento (forragear), pois tanto ela como suas próximas crias necessitarão de alimento. Em uma colônia, a divisão de trabalho entre as operárias permite a realização da termorregulação e do forrageamento simultaneamente! Assim, as colônias atingem populações extremamente grandes.

A divisão de trabalho entre as operárias de meliponineos é determinada pela idade da operária, sistema chamado de polietismo etário. Assim que a operária nasce, ela segue uma sequência de tarefas conforme sua idade vai aumentando. Isto varia muio de espécie para espécie, e também operárias podem "pular" tarefas, ou mesmo se especializar em algumas.

A regra geral é que as primeiras tarefas são dentro do ninho, para que a partir de uma idade avançada a operária passa a exercer as tarefas que exigem o vôo, externamente ao ninho. Em geral, as primeiras tarefas são os trabalhos com o cerume, seguidas pelos cuidados com a cria. Seguem então a recepção do néctar, guarda do ninho e finalmente o forrageamento (coleta de recursos). O forrageamento é a tarefa mais arriscada para uma operária. Neste processo ela está sujeita a predadores e aos fatores climáticos, fazendo com que a mortalidade aumente muito. Provavelmente é por este motivo que o forrageamento é a última das tarefas, aumentando a expectativa de vida da operária e permitindo que ela realize todas as outras tarefas.

As operárias que forrageiam (campeiras) coletam, na maioria das espécies, 3 principais recursos: néctar, pólen e resina. As resinas são utilizadas principalmente na construção do ninho, misturadas em proporções diversas com cera pura, produzida pelas operárias jovens, formando o "cerume". Em algumas espécies ocorre a coleta de outros materiais para construção e estruturas no ninho, como materiais vegetais (polpa de frutos, sementes), barro, e em algumas espécies, dependendo da situação elas coletam fezes.

Operárias de Jataí (Tetragonisca angustula) realizando as tarefas mais tardias durante seu período de vida. Pode-se observar uma forrageira com cargas polínicas em suas corbículas chegando no ninho, enquanto as outras fazem a função de guarda, ao redor da entrada.
Néctar e pólen fazem parte da dieta da grande maioria das espécies. O néctar encontrado nas flores é a fonte de energia (carboidratos). Para estocá-lo as abelhas o desidratam, ou seja, retiram a água, deixando muito mais concentrados os açucares, produzindo o mel. O néctar é coletado e transportado pelas abelhas em uma estrutura interna de armazenamento, chamada de papo.

O pólen é principalmente fonte de proteínas. Também é encontrado nas flores e quando coletado pelas abelhas é carregado nas "corbículas", expansões das pernas traseiras com pelos que permitem a fixação do pólen. Algumas raras exceções, como a Trigona hipógea, por exemplo, utilizam tecidos animais (carne) como fonte de proteína. O alimento é armazenado em potes de cerume, separadamente, em potes de pólen e potes de mel. Algumas espécies armazenam resinas, porém não colocam em potes.

Mudança certeira!

Olá!
Estava sismado com minhas iscas PET, pois uma delas coloquei bem no lugar onde as Manduri estavam pleiteando um novo ninho e elas nem deram bola para minha garrafa. Ontem, então, comprei algumas conexões de mangueira em L... mas comprei uma menor do que aconselhavam em outros sites e blogs. Esta tinha 1 cm de furo aproximadamente.


Coloquei hoje pela manhã na PET que já estava instalada na árvore e agora a tarde já tinha Manduri entrando:



Engraçado que apenas coloquei o conector azul em L, retirei um pouco da cera que havia na tampa e passei na entrada da conexão! Só isso!
Pelo visto a configuração da entrada faz toda diferença! (Diferentemente do que nos disse o instrutor do curso de meliponicultura)
Agora vou acompanhar para ver se elas se adaptam e montam sua colônia na isca! :)
Só espero que elas não estejam apenas retirando material e sim nidificando!!
Percebi que tem alguns forídeos querendo entrar tbm... tomara que as Manduri ganhem esta disputa! Precisarei ficar atento.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Palestra em São Paulo

Curso: Legislação da Meliponicultura

Legislação para criação de abelhas nativas

Resolução nº 346, de 16 de agosto de 2004

Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA

RESOLUÇÃO Nº 346, DE 16 DE GOSTO DE 2004

Publicada no DOU nº 158, de 17 de agosto de 2004, Seção 1, página 70
Disciplina a utilização das abelhas silvestres nativas, bem como a implantação de meliponários.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das competências que lhe são conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, e tendo em vista o disposto no seu Regimento Interno,

Considerando que as abelhas silvestres nativas, em qualquer fase do seu desenvolvimento, e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituem parte da fauna silvestre brasileira;

Considerando que essas abelhas, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são bens de uso comum do povo nos termos do art. 225 da Constituição Federal;

Considerando o valor da meliponicultura para a economia local e regional e a importância da polinização efetuada pelas abelhas silvestres nativas na estabilidade dos ecossistemas e na sustentabilidade da agricultura; e

Considerando que o Brasil, signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica - CDB, propôs a "Iniciativa Internacional para Conservação e Uso Sustentável de Polinizadores", aprovada na Decisão V/5 da Conferência das Partes da CDB em 2000 e cujo Plano de Ação foi aprovado pela Decisão VI/5 da Conferência das Partes da CDB em 2002,

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Resolução disciplina a proteção e a utilização das abelhas silvestres nativas, bem como a implantação de meliponários.

Art. 2º Para fins dessa Resolução entende-se por:

I - utilização: o exercício de atividades de criação de abelhas silvestres nativas para fins de comércio, pesquisa científica, atividades de lazer e ainda para consumo próprio ou familiar de mel e de outros produtos dessas abelhas, objetivando também a conservação das espécies e sua utilização na polinização das plantas;

II - meliponário: locais destinados à criação racional de abelhas silvestres nativas, composto de um conjunto de colônias alojadas em colmeias especialmente preparadas para o manejo e manipulação dessas espécies.

Art. 3º É permitida a utilização e o comércio de abelhas e seus produtos, procedentes dos criadouros autorizados pelo órgão ambiental competente, na forma de meliponários, bem como a captura de colônias e espécimes a eles destinados por meio da utilização de ninhos-isca.

Art. 4º Será permitida a comercialização de colônias ou parte delas desde que sejam resultado de métodos de multiplicação artificial ou de captura por meio da utilização de ninhos-isca.

CAPÍTULO II
DAS AUTRORIZAÇÕES

Art. 5º A venda, a exposição, a aquisição, a guarda, a manutenção em cativeiro ou depósito, a exportação e a utilização de abelhas silvestres nativas e de seus produtos, assim como o uso e o comércio de favos de cria ou espécimes adultos dessas abelhas serão permitidos quando provenientes de criadouros autorizados pelo órgão ambiental competente.

§ 1º A autorização citada no caput deste artigo será efetiva após a inclusão do criador no Cadastro Técnico Federal - CTF do IBAMA e após abtenção de autorização de funcionamento na atividade de criação de abelhas silvestres nativas.

§ 2º Ficam dispensados da obtenção de autorização de funcionamento citada no parágrafo anterior os meliponários com menos de cinquenta colônias e que se destinem à produção artesanal de abelhas nativas em sua região geográfica de ocorrência natural.

§ 3º A obtenção de colônias na natureza, para formação ou ampliação de meliponários, será permitida por meio da utilização de ninhos-isca ou outros métodos não destrutivos mediante autorização do órgão ambiental competente.

Art. 6º O transporte de abelhas silvestres nativas entre os Estados será feito mediante autorização do IBAMA, sem prejuízo das exigências de outras instâncias públicas, sendo vedada a criação de abelhas nativas fora de sua região geográfica de ocorrência natural, exceto para fins científicos.

Art. 7º Os desmatamentos e empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental deverão facilitar a coleta de colônias em sua área de impacto ou enviá-las para meliponários cadastrados mais próximos.

Art. 8º O IBAMA ou órgão ambiental competente, mediante justificativa técnica, poderá autorizar que seja feito controle da florada das espécies vegetais ou de animais que representam ameaça às colônias de abelhas nativas, nas propriedades que manejam os meliponários.

CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 9º O IBAMA no prazo de seis meses, a partir da data de publicação desta resolução, deverá baixar as normas para regulamentação da atividade de criação e comércio das abelhas silvestres nativas.

Art. 10º O não-cumprimento ao disposto nesta Resolução sujeitará aos infratores, entre outras, às penalidade e sanções previstas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e na sua regulamentação.

Art. 11º Esta Resolução não dispensa o cumprimento da legislação que dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e a repartição de benefícios para fins de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico ou bioprospecção.

Art. 12º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação

MARINA SILVA
Presidente do Conselho
Este texto não substitui o publicado no DOU, de 17 de agosto de 2004.

Situação atual da meliponicultura no Brasil

LEI COMPLEMENTAR Nº 140, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011

Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981.

(...)
Art. 8º São ações administrativas dos Estados:
(...)

XIX - aprovar o funcionamento de criadouros da fauna silvestre;

domingo, 23 de novembro de 2014

Curso: Outras aplicações

As abelhas sem ferrão são extremamente atrativas aos olhos do público leigo, sejam crianças ou velhos, sempre prendem a atenção e despertam a curiosidade. Tirando proveito disso, as abelhas sem ferrão podem ser utilizadas como importantes ferramentas na educação ambiental, como ferramentas didáticas, no turismo ecológico, como atrativo para observação e degustação de mel, e no paisagismo, como elemento decorativo.

Abelhas sem ferrão como ferramenta didática

sábado, 22 de novembro de 2014

Curso: Mel, Própolis e Pólen

O mel das abelhas sem ferrão merece atenção destacada quando se fala nos produtos. Ele já é amplamente conhecido, principalmente o das espécies mais tradicionais, como a Jataí e a Uruçu. Em muitos casos, atribui-se a ele um valor medicinal, ainda em processo de comprovação pela comunidade científica, através de um processo lento, porém necessário em casos de produtos medicinais. Mas o que é certo é o valor agregado que o méis de abelha sem ferrão possuem, principalmente por conta do sabor diferenciado. A grande diversidade de abelhas, somada à diversidade de floradas em diferente regiões, resultam em uma enorme gama de méis de variados sabores e aromas. A maioria deles possui maior quantidade de água, diferenciando-os do mel tradicional da abelha melífera. Por estes e outros motivos alguns méis alcançam preços de cerca de R$ 100,00 por litro, dependendo da espécie.

Mel de abelha sem ferrão antes da extração
Além do mel, a própolis e o pólen são produtos em potencial para exploração econômica. Ambos possuem um potencial medicinal e estão ligados a uma alimentação saudável. A demanda por estes produtos já existe, porém a produção utilizando-se abelhas sem ferrão ainda é pequena e pontual. Apenas alguns poucos produtores, e pesquisadores se dedicam a estes produtos, porém com muito sucesso. Existem espécies de abelhas sem ferrão muito produtivas para ambos os produtos, como veremos adiante.

Cuidado!!

Só faltava essa... não sei se é a falta de informação sobre a meliponicultura ou despreparo do caçador de ASF (Abelhas Sem Ferrão)! Deve ser os dois.
Vejam o que aconteceu em São Carlos:


São iscas PET para captura das abelhas... imprudente quem as colocou sem as camuflar e sem comunicar o responsável pela igreja...
Agora, pior é saber que nem se quer conseguiram identificar ser iscas para abelhas... e olha que a Globo já fez várias matérias sobre as abelhas sem ferrão.

É... mesmo sendo uma atividade extremamente antiga o setor ainda engatinha dada a pouca importância à maliponicultura!

"Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais não haverá raça humana" (Albert Einstein)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Curso: Polinização

Polinização é o mecanismo reprodutivo da maioria das plantas, através do qual o gameta masculino (pólen) alcança o gameta feminino (óvulo). Em grande parte das plantas este mecanismo é dependente de espécies de abelhas, que são os principais insetos polinizadores. Ao visitar as flores procurando por alimento, as abelhas carregam consigo pólen de uma flor para outra, realizando a polinização.
Este processo desencadeia a formação de frutos e sementes em uma planta, de forma que uma polinização plenamente realizada acarreta na formação de frutos mais saudáveis, com mais sementes e geralmente maiores. Dessa forma, as abelhas têm sido utilizadas com grande sucesso como instrumentos para polinização de culturas agrícolas, sendo que as abelhas sem ferrão principalmente por conta da diversidade de espécies, se mostram como grandes potenciais na polinização comercial. Apesar dos estudos ainda insipientes, já são conhecidas algumas espécies de abelhas sem ferrão que podem aumentar a produtividade de culturas. Porém este potencial ainda não está perto de ser completamente explorado. Muitas pesquisas em andamento e outras ainda por vir estão confirmando o sucesso destes organismos em polinizar culturas comerciais.

(Abelhas se alimentando e polinizando flores.)

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Curso: Comercialização de colônias

Além de todas as vantagens ambientais e ecologicamente sustentáveis, o potencial econômico é grande e os produtos que se podem comercializar são bem variados. Apesar de que ao se falar em abelhas o primeiro produto que vem à cabeça ser o mel, a venda de colônias é hoje o produto que apresenta maior margem de lucro. As colônias são comercializadas para hobbistas e amantes das abelhas, ou como elemento de decoração no paisagismo. Porém o maior mercado potencial é o da polinização de culturas. Apesar dele ainda não existir, pesquisas tem demonstrado que a presença de abelhas em certas culturas pode aumentar a qualidade dos frutos e sementes, e em muitos casos aumentar a produção (através do aumento na taxa de frutificação e tamanho dos frutos) consideravelmente. Dessa forma, quando esta demanda for estabelecida, será necessário uma grande quantidade de colônias para atendê-la, especialmente no Brasil, um país essencialmente agrário.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Curso: Vantagens da Meliponicultura

Justificar o incentivo à criação de abelhas é uma atividade que se enquadra perfeitamente no modelo sustentável de desenvolvimento econômico. A meliponictura, em especial, oferece condições para pequenos produtores adicionarem uma fonte de renda complementar - ou mesmo integral - ao seu orçamento mensal. Ao mesmo tempo, os produtores estarão aumentando a taxa de plolinização de suas culturas (e das culturas ao redor), uma vez que estes insetos são os principais polinizadores, o que pode trazer um aumento na taxa de frutificação e melhora na qualidade dos frutos de grande parte das culturas comerciais. Além disso, a atividade é um incentivo à conservação de fragmentos de vegetação nativa na propriedade que aumentam a produção de mel, agregando um valor à conservação das matas.

Carpinteiras III - O Fim!

Bom dia!
Há um tempo atrás, como a fita crepe e outras artimanhas não mantiveram as formigas carpinteiras longe da minha caixa isca, tive que recorrer à outra medida! Não estava muito confiante neste outro método, mas funcionou:


Coloquei esponjas encharcadas com óleo queimado em cada pé da caixa! Óleo de carro mesmo.


Já vistoriei a caixa umas três vezes e realmente manteve as formigas longe. Tanto as formigas quanto qualquer outro invasor! Dá muito certo, podem fazer!
Agora é manter a fé e aguardar que a caixa seja ocupada... desta vez por abelhas, as sem ferrão!

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Curso: História da Meliponicultura

Os primeiros registros de criação de meliponíneos pelas sociedades humanas são dos antigos Maias, na península do Yucatan - México, que criavam a Melipona beecheii, por eles chamada de Xunan-kab (senhorita real). As abelhas representavam a ligação com o mundo espiritual, legado do deus Ah Muzen Cab. Elas tinham grande importância para esse povo em rituais religiosos e também sua criação movimentava uma pequena economia. Utilizavam principalmente o mel (em rituais religiosos, como remédio, adoçante, na fabricação de bebida fermentada, também no comércio ou como pagamento de tributo), mas também a cera e resina.

Ah Muzen cab - um dos deuses das abelhas para os Maias
Melipona beecheii, nativa do México

No Brasil, os índios Kayapós conheciam e classificaram 34 espécies de abelhas sem ferrão. Eles utilizavam resina e cerume nos seus artesanatos, em medicamentos e também nas cerimônias religiosas. Esses índios conheciam muitos aspectos biológicos das abelhas, como estágios de desenvolvimento das larvas, aspectos do comportamento, distribuição e já utilizavam como polinizadores em suas colheitas. Utilizavam fumaça para manejar espécies mais agressivas como, por exemplo, Oxitrigona e encontravam os ninhos através do barulho feito pelas abelhas para ventilar a colônia. O Kayapós exploravam principalmente Melipona seminigra pernigra, M. melanoventer, M. rufiventris flavolineata, Scaptotrigona nigrohirta, e S. polystica. Outras espécies como Tetragonisca angustula, tritona clilipes e T. dallatorreana eram mantidas em suas casas em cestas feitas com folhas de banana.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Curso: Introdução e Histórico

O Brasil possui grande potencial e tradição na criação de abelhas. Atualmente esta atividade vem crescendo de forma acelerada, fazendo com que ocupemos a 11ª posição do ranking dos produtores mundiais de mel (Fonte: Ministério da Agricultura: http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2011/03/2/producao-de-mel-cresce-30-em-2010 acessado em 03/06/2012).
Porém, um fato muito importante, que muitas vezes é tradicionalmente criada para a produção de mel, a abelha melífera (Apis mellifera), popularmente conhecida como "européia", "italiana", ou "africanizada", é uma espécie exótica, introduzida séculos atrás pelos colonizadores europeus. Bem antes disso já existia a criação de abelhas sem ferrão, a atividade da meliponicultura.
A meliponicultura é uma atividade milenar, que foi iniciada pelos indígenas presentes na América do Sul e Central, antes da colonização européia. Trata-se da criação de abelhas com mais de 400 espécies no mundo todo, espalhadas pela região tropical do planeta. No Brasil, existem cerca de 300 espécies deste grupo. Como o nome já destaca, as abelhas sem ferrão possuem o ferrão atrofiado, de forma que não se defendem com o comportamento da ferroada, uma das principais vantagens da atividade da meliponicultura.
A forma tradicional de criação das abelhas sem ferrão é bastante rústica, fazendo com que a atividade servisse apenas para consumo dos produtos pela família e pelo lazer proporcionado. A partir da metade do século XX a pesquisa científica deste grupo teve uma grande expansão através de nomes como o de Paulo Nogueira Neto e Warwick Kerr. Com isto, a atividade de criação também sofreu um aumento na quantidade de pessoas interessadas e principalmente possibilitaram pesquisas ligadas à criação racional dessas abelhas. Estes novos conhecimentos possibilitaram uma visão melhorada do enorme potencial que esta atividade possui, de forma que hoje a meliponicultura já é uma atividade reconhecida pelo Estado, através de leis que regulam a criação e comercialização dos produtos. Além disso, atualmente existem instituições focadas na pesquisa e desenvolvimento da atividade, como universidades e instituições vinculadas ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, como por exemplo, a Embrapa, que direciona diversos profissionais capacitados na pesquisa e desenvolvimento de novas técnicas e aperfeiçoamento da atividade.

domingo, 16 de novembro de 2014

Concluído!

Esta quinta-feira concluí o curso de meliponicultura oferecido pelo sindicato rural da região e ministrado pelo Senar!
Foi excelente: Muitas coisas aprendidas e cruciais para um bom desenvolvimento da atividade!
Postarei o conteúdo do curso esporadicamente para tentar compartilhar o conhecimento adquirido, mas é claro que isto não substituirá um curso propriamente dito, uma vez que as atividades presenciais são indispensáveis para o crescimento pessoal e uma melhor absorção da matéria dada.

Ao longo do curso aconteceu um pequeno incidente: houve um temporal que derrubou duas árvores aqui do vizinho derrubando seu muro. Ao conversar com o caseiro pelo muro quebrado, descubro que no tronco caído tinha uma colmeia de abelha sem ferrão. Peguei uma abelha e levei ao curso para saber qual a espécie... era a Manduri! (descobri então que a abelha que eu achava ser a Guiruçu na verdade é a Manduri)


Pedi ao caseiro então que, quando o rapaz que iria retirar estas árvores fosse lá, para que cortasse o tronco num lugar específico para poder resgatar as abelhas. Como estava em curso não poderia acompanhá-los. Eis que no dia seguinte, quando fui efetuar o resgate, por minha surpresa e tristeza, o ninho não estava lá e sim apenas os potes de mel! Não havia nem sinal dos discos de cria! O caseiro disse que o rapaz tinha encontrado apenas formigas... o que duvido muito. Só pela história, acredito que o sem vergonha do rapaz que tirou as árvores levou o enxame junto com a rainha e seus discos de cria... Espero pelo menos que elas estejam a salvo!!
E eu pensando que já iria concluir o curso com uma caixa de Manduri para preservá-las e por em prática tudo que aprendi, uma vez que o caseiro disse não ter interesse em ficar com as abelhas!
Tratei então de recolher os potes de mel, extraí o mel dos potes fechados e purifiquei a cera para aproveitá-la em futuras caixas iscas... Havia polem tbm, mas como ficou aberto durante um dia inteiro, já tinha ovos de forídeos, o que impediu de eu aproveitá-lo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

RS e a meliponicultura

Quarta-Feira, 1º de outubro de 2014, o Estado do Rio Grande do Sul publica em Diário Oficial a Instrução Normativa SEMA nº 03, de 29 de setembro de 2014. Esta, institui e normatiza a criação e conservação de meliponíneos nativos (abelhas sem ferrão) no Estado do Rio Grande do Sul.
Ela, porém, deixará muita indignação aos Meliponicultores da região devido ao que segue:

"(...)

CAPÍTULO III
DAS AUTORIZAÇÕES

Art. 7°. Ficam dispensados da obtenção da autorização de funcionamento, os meliponários com até cem colônias, exceto os com finalidade comercial.

(...)"

Pelo que se entende, qualquer que seja a quantidade de colônias para fins comerciais, o meliponicultor precisará de autorização da Secretaria do Meio Ambiente do RS. Mesmo que seja apenas uma unidade! E pior ainda... para regularização existe um prazo:

"(...)

Art. 4°. O criador de meliponíneos, pessoa física ou jurídica, deverá requerer a autorização de manejo junto à SEMA, conforme o estabelecido no Capítulo III (Das Autorizações) desta norma. Parágrafo único. Os criadores de meliponíneos no Rio Grande do Sul terão o prazo de 08 (oito) meses para sua regularização após a publicação desta norma.

(...)"

A única parte boa desta Instrução Normativa:

"(...)

CAPÍTULO IV
DO TRANSPORTE

Art. 13º. Será permitido no território do Rio Grande do Sul, sem necessidade de autorização, o transporte de colônias, ou parte delas, de espécies de abelhas constantes no Anexo Único da presente norma.

(...)"

domingo, 2 de novembro de 2014

Não acredito!

Hoje tive várias surpresas...
A primeira delas foi ter encontrado mais uma colmeia de abelhas Jataí e bem próximo à janela da minha sala:


Elas estavam alvoraçadas, não sei se pq estão construindo esta nova colmeia, ou se estão em pleno vôo nupcial ou ainda estão prestes a enxamear! Eram muitas abelhas em volta do tubo... O que não acredito é: pq que, com tantas colmeias no meu jardim e descobrindo mais esta agora, elas não entram nas minhas caixas?? São quatro caixas iscas espalhadas no jardim.
A segunda surpresa foi que de nada adiantou vedar com fita crepe e colocar um cone anti formigas no furo de entrada daquela caixa com problema de invasão de carpinteiras, pois as formigas continuam entrando nela... O que não acredito é: elas entram pelo próprio furo de entrada, fazendo a curva do cone! Pelo visto este cone não é contra formigas coisa alguma! (Farei alguns ajustes na caixa)
E a terceira surpresa: Lembram daquela colmeia abandonada?! Depois da dominação das Guiruçus, elas acabaram não ficando na colmeia e há um bom tempo ela estava completamente vazia e esquecida novamente! Mas hoje surpreendi uma pequena abelha Jataí xeretando a entrada desta colmeia. Ela foi embora e momentos depois apareceram várias Guiruçus, de novo!! Decidi então colocar uma isca Pet próximo à entrada da colmeia, só para ver o que acontece.


Tinha pensado que a época de enxameação havia passado e eu perdido a chance de capturar algum enxame este ano, porém tudo indica que estava errado e que ainda tenho tempo! Estou torcendo e fazendo figa para que desta vez eu consiga finalmente ter uma caixa racional com Jataís produzindo!